“Projeto Dengue”: a modelagem matemática e a leitura e escrita do mundo com a matemática em projetos de trabalho
DOI:
https://doi.org/10.30612/tangram.v8i1.19218Palavras-chave:
Educação Matemática Crítica, Modelagem Matemática, projetos de trabalhoResumo
A educação deve abordar questões sociopolíticas que afetam o contexto educacional, permitindo aos alunos usar a matemática e outros conhecimentos para compreender e agir sobre sua realidade, criticamente e colaborativamente. Logo, se faz necessário propostas educacionais que permitam aos estudantes desenvolver essas competências. O objetivo deste trabalho é apreender a percepção de estudantes do ensino médio, participantes de um projeto de trabalho, acerca da relevância do problema, estratégia pedagógica, aprendizados matemáticos e das habilidades de escrita e leitura do mundo com a matemática. A pesquisa, qualitativa, exploratória e aprovada pelo comitê de ética, contou com 25 alunos do 3º ano do ensino médio - 15 compuseram o corpus de análise. O instrumento de coleta de dados foi um questionário online, submetido à análise de conteúdo temática, com categorias a priori. Os resultados apontam a estratégia de ensino como interessante e capaz de atribuir significados práticos aos conteúdos teóricos, embora complexa. Apesar de sinalizar a importância de abordar problemas reais, alguns alunos não se sentem aptos a lidar sobre novos problemas usando a matemática. Entretanto, identificaram interdisciplinaridades, atribuindo importância à matemática, à modelagem e adquirindo confiança para manipular essas ferramentas. A análise delineou possibilidades e limitações acerca da utilização dessa estratégia de ensino não tradicional. A aplicação prática do conteúdo e a abordagem de problemas reais contribuíram à formação crítica dos alunos. Porém, tais propostas devem ser mais frequentes ao longo da Educação Básica, para que os estudantes mudem sua visão acerca da matemática e do papel social da escola.
Downloads
Referências
Alrø, H., & Skovsmose, O. (2021). Diálogo e aprendizagem em educação matemática (3a ed.). Belo Horizonte: Autêntica.
Apple, M. W. (2006). Ideologia e currículo (3ª ed.). Porto Alegre: Artmed.
Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70.
Frankenstein, M. (1983). Educação matemática crítica: uma aplicação da epistemologia de Paulo Freire. In M. A. V. Bicudo (Org.). Educação matemática. São Paulo: Editora Moraes.
Fiorentini, D., & Lorenzato, S. (2012). Investigação em educação matemática: percursos teóricos e metodológicos (3ª ed.). Campinas: Autores Associados.
Gil, A. C. (2019). Métodos e técnicas de pesquisa social. (7ª ed.). São Paulo: Atlas.
Gutstein, E. (2006). Reading and writing the world with mathematics: toward a pedagogy for social justice. New York: Routledge.
Hernández, F. (1998). Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho (1a ed.). Porto Alegre: Artmed.
Hernández, F., & Ventura, M. (2017). A organização do currículo por projetos de trabalho: o conhecimento é um caleidoscópio (5a ed.). Porto Alegre: Penso.
Mesquita, M. N., Ceolim, A. J., & Cibotto, R. A. G. (2021). Modelagem matemática na perspectiva da educação matemática crítica: abordagens na educação básica. Revista Brasileira de Educação, 26, 1-25.
Skovsmose, O. (2007). Educação crítica: incerteza, matemática, responsabilidade. São Paulo: Cortez.
Skovsmose, O. (2008). Desafios da reflexão em educação matemática crítica. Campinas: Papirus.
Skovsmose, O. (2013). Educação matemática crítica: a questão da democracia. (4a ed.). Campinas: Papirus.
Skovsmose, O. (2014). Um convite à educação matemática crítica. Campinas: Papirus.
Skovsmose, O., & Penteado, M. G. (2007). Trabalho com projetos na educação matemática. Sociedade Brasileira de Educação Matemática – SBEM.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 TANGRAM - Revista de Educação Matemática
Este trabalho é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
