Matemática Recreativa nas Aulas de Matemática: uma experiência no 7º ano do Ensino Fundamental
DOI:
https://doi.org/10.30612/tangram.v8i1.19109Palavras-chave:
Ensino de Matemática, Matemática Recreativa, Motivação escolarResumo
Este artigo apresenta parte dos resultados de uma pesquisa de mestrado que teve como objetivo investigar a maneira como a Matemática Recreativa (MR) pode influenciar positivamente as atitudes dos alunos. A motivação para essa pesquisa surgiu do desejo de intervir na apatia e na desmotivação dos estudantes percebidas nas aulas de Matemática. Partindo do princípio de que a motivação é um fator importante para o aprendizado de qualquer tema, a MR foi explorada como uma alternativa para engajar os alunos. Assim, um conjunto de atividades e desafios lúdicos foi selecionado e apresentado semanalmente a uma turma do 7º ano do Ensino Fundamental de uma escola pública no interior da Paraíba. O comportamento da turma durante as aulas de Matemática foi observado antes, durante e após a aplicação dessas atividades, sendo feitos registros por meio de anotações em caderno de campo, gravações em áudio, questionários e anotações dos próprios alunos. Posteriormente, realizou-se uma avaliação detalhada das transcrições e anotações, buscando identificar posturas positivas ou negativas dos alunos tanto nas aulas regulares de Matemática quanto naquelas envolvendo a MR. Como resultado, constatou-se que a aplicação regular dessas atividades promoveu mudanças significativas nas atitudes dos estudantes, como aumento na frequência e maior engajamento na realização das tarefas propostas, mesmo após o término das aplicações das atividades lúdicas. Conclui-se que a inserção sistemática da MR nas aulas tem grande potencial para despertar o interesse e a motivação dos alunos pelas aulas de Matemática.
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