Família, escola e matemática: o que dizem as crianças, seus pais e mães?
DOI:
https://doi.org/10.30612/tangram.v8i1.18672Palavras-chave:
Escola. Família. Matemática.Resumo
O presente artigo decorre de pesquisa realizada com uma turma de Educação Infantil de uma escola pública, no município de Nossa Senhora do Socorro – SE. Pretende apresentar as ideias sobre a matemática que permeiam as falas das crianças, bem como dos seus pais e mães. Caracteriza-se como um estudo de caso de abordagem qualitativa, utilizando a entrevista como um dos procedimentos para produção de dados. Destacam-se como resultados que: as crianças expressam ideias positivas a respeito da matemática, embora restritas às atividades da escola e, principalmente, aos números; pais e mães reiteram a importância da matemática para a vida adulta e afirmam ser uma área difícil. Dessa maneira, tais ideias relacionam–se mais a uma perspectiva de mentalidade fixa do que de crescimento. Conclui-se, enfatizando a relevância de uma parceria efetiva entre família e escola, no sentido de instigar uma mentalidade de crescimento em relação à matemática, desmitificando mitos e crenças a respeito desse campo de conhecimento desde a infância.
Downloads
Referências
Brasil (2018). Ministério de Educação. Base Nacional Comum Curricular. Brasília, DF. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf
Brasil (2010). Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Secretaria de Educação Básica. Brasília, DF. Recuperado de www.portal.mec.gov.br
Lei n. 8.069, de 13 de julho de 1990. Brasília, DF: Câmara dos Deputados. Recuperado de www.planalto.gov.br
Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília, DF. Recuperado de http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf
Boaler, J. (2018). Mentalidades matemáticas: estimulando o potencial dos estudantes por meio da matemática criativa, das mensagens inspiradoras e do ensino inovador. Porto Alegre: Penso.
Boaler, J. (2020). Mente sem barreiras: as chaves para destravar seu potencial ilimitado de aprendizagem. Porto Alegre: Penso.
Carvalho, A. F. & Müller, F. (2010). Ética na pesquisa com crianças: uma problematização necessária. In: Müller, F. (Org.). Infância em perspectiva: políticas, pesquisas e instituições (pp. 17-38). São Paulo: Cortez.
Colli, D. R. & Luna, S. V. (2019). Práticas de integração família-escola como preditoras do desempenho escolar de alunos. Psicologia: Ciência e profissão, 39, 1-13. Disponível em https://www.scielo.br/j/pcp/a/ P8JzbqfhDZp5PB9JsyZm6K/abstract/?lang=pt
Corsaro, W. (2011). Sociologia na infância. Tradução de Lia Gabriele Regius Rei. São Paulo: Artmed.
Costa, J. A. (2003). Projectos educativos das escolas: um contributo para a sua (des)construção. Educação e Sociedade, 24, 1319-1340.
Cunha, C. P. (2017). A importância da matemática no cotidiano. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 04(01), 641-650.
Fonseca, M. (2003). Projeto político pedagógico e o Plano de Desenvolvimento da Escola: duas concepções antagônicas de gestão escolar. Cadernos do CEDES, 23, 302-318.
Godoy, A. S. (1995). Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, 35, 3, 20-29.
Kramer, S. (2002). Autoria e autorização: questões éticas na pesquisa com crianças. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, Fundação Carlos Chagas, 116, 41-59.
Kramer, S. (2007). A infância e sua singularidade. In: Beauchamp. J.,Pagel, S.D. & Nascimento, A. R. (Org.). Ensino Fundamental de nove anos: orientações para inclusão da criança de seis anos de idade (pp. 13-24). Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica.
Lorenzato, S. (2011). Educação infantil e percepção matemática. (4ª ed). Campinas, SP: Autores Associados.
Ludke, M. André, M. (2013). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. (2ª ed). São Paulo: Epu.
Pinto, M. Sarmento, M. J.(1997). As crianças: contextos e identidades. Braga. Universidade do Minho.
Marcondes, K. H. B. & Sigolo, S. R. R. L. (2012). Comunicação e envolvimento: possibilidades de interconexões entre família-escola? Scielo, 22(51), 91-99, Disponível em https://www.scielo.br/j/paideia/a/wmHT7pZPnLS7L3vTDbC9tTP/?lang=pt
Marques, R. (2002). O envolvimento das famílias no processo educativo: resultados de um estudo em cinco países. Disponível em https://www.eses.pt/usr/Ramiro/ Texto.htm
Mateus, M. N. E. (2016). Perceções da relação Escola e Família. Imagonautas,6 (7), 44-61. Disponível em http://hdl.handle.net/10198/13362
Oliveira, Z. M. R. (2011). Educação Infantil: fundamentos e métodos. 7a ed. Cortez, São Paulo.
Ramos, S. & Fonseca, L. (2015). Um meio de aproximação da família à escola através da matemática. Revista de estudios e investigación en psicología y educación, Portugal, 5, 98-102. Disponível em https://revistas.udc.es/index.php/reipe/article/view/reipe.2015.0.05.322
Saraiva, L. A. & Wagner, A. (2013). A relação família-escola sob a ótica de professores e pais de crianças que frequentam o ensino fundamental. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, 21, 739-772. Disponível em https://www.scielo.br/j/ensaio/a/mQHVP55HKZghCGcrrqv9qzC/abstract/?lang=pt
Sarmento, M. J (2007). Visibilidade social e estudo da infância. In: Vasconcellos, V.R. & Sarmento, M. J. (Org.). Infância (in)visível (pp. 25 – 49). São Paulo: Junqueira e Marin.
Sarmento, M. J. (2005). Gerações e alteridade: interrogações a partir da sociologia da infância. Educação & Sociedade, 91, 361-378.
Sarmento, M. J. (2011). Conhecer a infância: os desenhos das crianças como produções simbólicas. In: Martins, F. A. Prado, P. D. Das pesquisas com crianças à complexidade da infância. Campinas, SP, 27 - 60.
Silva, G. R. (2013). A importância de ensinar matemática e como ensiná-la na educação infantil. Castelo Branco Científica, Rio de Janeiro, 2(3), 1-23. Disponível em http://revista.fcb.edu.br/img.content/artigos/artigo66.pdf
Silva, M. L. G. Cavalcante, L. M.(2012). Relação Família-Escola: as contribuições da família no processo pedagógico vivido na Educação Infantil. In Anais Fórum Internacional de Pedagogia. (pp.1-12). Piauí. Disponível em https://www.editorarealize.com.br/editora/anais/fiped/2012/7521662baf0ae9d3a041718d472flc8b_1822.pdf
Vasconcellos, T (2008). Reflexão sobre infância e cultura. Nitéroi: Eduff.
Zogaib, S. D. (2019). Sentido espacial de crianças na educação infantil: entre mapas, gestos e falas. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Pós-Graduação em Educação, Universidade Federal do Espírito Santo. 249 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 TANGRAM - Revista de Educação Matemática

Este trabalho é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.

