Aproximações entre Educação Matemática Crítica e Alfabetização/Letramento na produção científica da área da Educação Matemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/tangram.v8i1.19215

Palavras-chave:

Educação Matemática Crítica, Alfabetização, Letramento

Resumo

Este trabalho visa apresentar um estudo bibliográfico cujo objetivo é investigar a relação entre Educação Matemática Crítica (EMC), alfabetização e letramento a partir da produção científica em artigos de periódicos da área da Educação Matemática. Na análise dos trinta e oito artigos selecionados foi possível notar mais que o quíntuplo de trabalhos referentes ao letramento, em relação aos trabalhos acerca de alfabetização, e destes, o letramento estatístico correspondeu ao maior número de estudos. As categorias que emergiram foram: alfabetização; alfabetização ou letramento matemático; alfabetização ou letramento estatístico e probabilístico; letramento digital e letramento docente, sendo observada de forma transversal a EMC. Identificou-se uma aderência das concepções trazidas pelo letramento digital, bem como pela alfabetização ou letramento estatístico e probabilístico à EMC. A alfabetização ou letramento matemático teve concepções distintas que ora se aproximavam da EMC, ora mostravam certa incompletude. Por fim, os estudos que trataram de alfabetização (no sentido mais estrito do termo) e letramento docente não mostraram relação com a EMC.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Silvânia da Silva Costa, Universidade Federal de Sergipe

Universidade Federal de Sergipe

Ivanete Batista dos Santos, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação em Licenciatura Em Matemática pela Universidade Federal de Sergipe (1984), graduação em Bacharelado Em Matemática pela Universidade Federal de Sergipe (1986), mestrado em Educação pela Universidade Federal de Sergipe (1998) e doutorado em Educação, História, Política, Sociedade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006). Atualmente é professora associada do Departamento de Matemática e do programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática da Universidade Federal de Sergipe. Tem experiência na área de ensino de Matemática, e desenvolve pesquisa sobre as seguintes temáticas: história da educação matemática, educação matemática, metodologias e recursos para o ensino de matemática, trajetória de formação e atuação de professores que ensinam matemática.

Marta Élid Amorim, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação em Licenciatura Em Matemática pela Universidade Estadual de Feira de Santana (2003), mestrado em Matemática pela Universidade Federal de Campina Grande (2006) e doutorado em Educação Matemática pela Universidade Anhanguera de São Paulo (2015). Fez estágio doutoramento sandwich em The State University of New Jersey - Rutgers University e estágio pós-doutoramento na UNIAN/SP (2020). Atualmente é professora associada da Universidade Federal de Sergipe, vinculada ao Departamento de Matemática - Campus Prof. Alberto Carvalho (DMAI). É membro do corpo docente permanente do Programa de Doutorado em Ensino (Renoen/UFS), do Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática (PPGECIMA) e do Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional (PROFMAT). Membro dos grupos de pesquisa Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Matemática - GEPEMAT e do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Educação Matemática do Nordeste (NEPEMN). Integrou equipes de avaliação do Programa Nacional do Livro Didático - PNLD e o Banco de Avaliadores do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - BASis. Atuou como Leitora Crítica do Currículo da Cidade (São Paulo) - Ensino Médio: Matemática e suas tecnologias. Assumiu a função de diretora da Sociedade Brasileira de Educação Matemática/ Regional Sergipe (SBEM/SE) no triênio 2020-2023. Atualmente é pesquisadora nos grupos de trabalho de Formação de Professores que ensinam Matemática (GT07) e de Educação Estatística (GT12) da SBEM. Editora-chefe da Revista Sergipana de Matemática e Educação Matemática - ReviSeM.

Referências

Brasil. Ministério da Educação. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: caderno 4 – alfabetização matemática. Brasília, 2014.

Brasil. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Secretaria de Educação Básica. 2018.

Capelato, E.; Cúri, M. Proficiência em Letramento Financeiro: estudo a partir de uma escala e de um Teste Adaptativo Computadorizado baseados na Teoria de Resposta ao Item. Bolema, Rio Claro (SP), v. 37, n. 77, p.1063-1086, dez. 2023.

Ciríaco, K. T.; Silva, D. A.; Garcia, M. F. (2021). O Facebook como Alternativa de Trabalho na Formação Continuada de Professores que Ensinam Matemática. Perspectivas da Educação Matemática, 14(35), 1-24.

Ciríaco, K.T.; Souza, N. M. M. (2011). Um estudo na perspectiva do letramento matemático: a Matemática das mães. Vidya, 31(2), 41-54.

Conrado, G. D. R., & Ferraro, J. L. S. (2023). Do numeramento à numeramentalidade: (alg)uma estética possível para (re)pensar a Educação Matemática. Revista Internacional De Pesquisa Em Educação Matemática, 13(1), 1-15. https://doi.org/10.37001/ripem.v13i1.3268.

Damasceno, A. V. C.; Nunes, J. M. V.; Damasceno, C. B. Um Percurso de Estudo e Pesquisa para a Educação Financeira. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v. 25, n. 2, p. 90 - 126, 2023.

D’Ambrosio,U. (1997). Ethnomathematics and its place in the history and Pedagogy of athematics. In A. B. Powell, & M. Frankenstein (Orgs.), Ethnomathematics: Challenging eurocentrism in Mathematics Education (pp. 13-24). State University of New York.

Gal, I. Adults' statistical literacy: Meanings, components, responsibilities. International statistical review, New Jersey, v. 70, n. 1, p. 1-25, 2002.

Gal, I. Towards “probability literacy" for all citizens: Building blocks and instructional dilemmas. In: Exploring probability in school. Springer, Boston, MA, p. 39-63, 2005.

Giroux, H. A. A escola e a política empresarial. In: GIROUX, H. A. Atos impuros: a prática política dos estudos culturais. Tradução de Ronaldo Cataldo Costa. Porto Alegre: Artmed, 2003. P. 51-74.

Gomes, E. G. da S., André, R. C. de M, & Morais, M. das D. de. (2023). O uso de tecnologias digitais da informação e comunicação fomentando o letramento matemático na formação de professores de Matemática dos Anos Iniciais. Revista Internacional De Pesquisa Em Educação Matemática, 13(1), 1-20.

Grossi, F. C. D. P.; Fonseca, M. C. F. R. “Da cerveja, cês não quer tirar a validade, não?”: mulheres idosas alfabetizandas na EJA apropriando-se de práticas matemáticas hegemônicas. Educ. Matem. Pesq., São Paulo,v. 25, n.4, p. 390-412, 2023.

Jolandek, E. G.; Kato, L. A. Vertentes sobre a modelagem matemática e o letramento matemático a partir de uma revisão bibliográfica. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v. 23, n. 2, p. 218 - 244, 2021.

Jolandek, E. G.; Kato, L. A. Competências do letramento matemático que emergem no desenvolvimento de atividades de Modelagem Matemática na perspectiva de licenciandos do Programa Residência Pedagógica. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v. 24, n. 4, p.74 - 95, 2022.

Lima, A. P. M.; Landim. E. Análise praxeológica das situações-problema propostas em um livro infantil. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.21, n.5, pp.577-588, 2019.

Lima, J. M., & Santos, L. M. (2023). Aprendizagem criativa na educação matemática: um meio para promover o letramento financeiro. Zetetike, 31(00).

OCDE. Brasil no PISA 2015: análises e reflexões sobre o desempenho dos estudantes brasileiros/ OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. São Paulo: Fundação Santillana, 2016.

Ortega, E. M. V. (2020). Materiais de apoio para professores que ensinam Matemática nos anos iniciais: EMAI e PNAIC. Perspectivas da Educação Matemática, 13(33), 1-20.

Pessoa, C. A. S., Muniz Jr. I., & Kistemann Jr., M. A. (2018). Cenários sobre educação financeira escolar: entrelaçamentos entre a pesquisa, o currículo e a sala de aula de Matemática. Revista de Educação Matemática e Tecnológica Ibero-americana, 9 (1), 1-28.

Santos, D. S.; Pompeu, C. C. “Eu sei fazer na prática, mas não sei fazer na gramática”: reflexões sobre os diferentes saberes matemáticos de idosos em processo de alfabetização. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v. 25, n.4, p.234-260, 2023.

Silva, F. G. S.; Velasque, L. S.; Nascimento, A. G. C. Ensino de estatística na educação básica em países da América Latina: uma revisão sistemática. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.23, n.4, p.425-451, 2021.

Skovsmose, O. (2008). Desafios da Reflexão em Educação Matemática Crítica. Campinas: Papirus.

Skovsmose, O. (2013). Educação Matemática Crítica: a questão da democracia. Papirus.

Soares, M. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. Revista Brasileira de Educação. São Paulo, nº 25, 2004.

Vieira, G. S.; Pessoa, C. A. Educação financeira pelo mundo: como se organizam as estratégias nacionais? Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v. 22, n. 2, p.658 - 688, 2020.

Vieira, T. V.; Souza, F. S.; Kistemann Junior, M. A. Uma investigação sobre as concepções de letramento financeiro de professores de matemática em três cidades com o suporte do CHIC. Educ. Matem. Pesq., São Paulo, v.23, n. 2, pp.16-46, 2021.

Downloads

Publicado

2025-09-15

Como Citar

Costa, S. da S., Santos, I. B. dos, & Amorim, M. Élid. (2025). Aproximações entre Educação Matemática Crítica e Alfabetização/Letramento na produção científica da área da Educação Matemática. TANGRAM - Revista De Educação Matemática, 8(1), e025033. https://doi.org/10.30612/tangram.v8i1.19215

Edição

v. 8 (2025)

Seção

EDIÇÃO TEMÁTICA: EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA

Licença

Copyright (c) 2025 TANGRAM - Revista de Educação Matemática

Creative Commons License

Este trabalho é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Unported License.

Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:

(a)    O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.

(b)   Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:

  1. Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
  2. NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
  3. CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
  4. Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
(c)   Após a publicação, os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online – em repositórios institucionais, página pessoal, rede social ou demais sites de divulgação científica, desde que a publicação não tenha fins comerciais.