Atendimento Educacional Especializado: um olhar para a educação escolar indígena (Guarani/Kaiowá) e inclusiva no Município de Amambai-MS
DOI:
https://doi.org/10.30612/riet.v4i2.18165Palavras-chave:
Educação Indígena; , Educação Inclusiva; , Modalidade de ensinoResumo
A educação escolar indígena vive de uma luta constante por seus direitos constitucionais e linguísticos, e pelo reconhecimento por uma educação diferenciada, intercultural e bilingue, que atenda às necessidades da comunidade local, regional e em âmbito nacional. Este trabalho teve como objetivo realizar uma análise da educação inclusiva na modalidade Educação Escolar Indígena no município de Amambai-MS, nos anos de (2020-2023). Foi realizada pesquisa documental com abordagem qualitativa, tendo como material de análise, planilhas dos atendimentos individuais da educação especial indígena pela escola alvo desta pesquisa. Realizou-se ainda, entrevista com uma pessoa da comunidade, Nandesy (líder religiosa) e com uma servidora pública. Finalizamos com o entendimento de que, com relação ao estudante especial para o Guarani/Kaiowá leva-se em consideração as questões culturais dos mais antigos, valores estes que precisam ser incorporados ao modelo pedagógico da escola indígena. Consideramos que as políticas educacionais, especificamente as voltadas para a educação especial/indígena, precisam ser pensadas e repensadas entre outras políticas públicas, como as da saúde e social principalmente. Esperamos que a partir destes dados aqui apresentados, está pesquisa seja um instrumento de orientação a outros pesquisadores, um convite a mergulhar neste universo das crianças especiais/indígenas, para que assim assegure o direito, a aprendizagem, o bem-estar social, e inclusão, respeitando as especificidades de cada etnia, para que assim seja eliminado a invisibilidade destes alunos no contexto escolar.
Downloads
Referências
BARBOSA, Regiane da Silva. BUZETTI, Miryan Cristina. COSTA, Maria Piedade Resende. Educação Especial, Adaptações Curriculares e Inclusão Escolar: Desafios na Alfabetização. São Carlos: Pedro & João Editores, 2019. 105p.
BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/l9394.htm.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1988. Disponível em: Acesso em 24 de novembro de 2023.
BRASIL. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 26 jun. 2014
BRASIL. Lei nº. 10.098, de 19 de Dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. República Federativa do Brasil], Brasília. 2004.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2008. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf.
BRASIL. Marcos Político-Legais da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília: Secretaria de Educação Especial. 2010. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=6726-marcos-politicos-legais&Itemid=30192.
BRASIL, Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), 2015.
BRASIL. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Censo da educação Básica, 2022.
Brasília, 1988. Declaração de Salamanca e Linha de Ação sobre Necessidades Educativas Especiais. Brasília: Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, 1994.
BRUNO, Marilda Moraes Garcia; SÁ, Michele Aparecida de; SOUZA, Ilma Regina Castro Saramago de. Pontos e contrapontos da articulação entre educação especial e educação escolar indígena. In: NOZU, Washington Cesar Shoiti; SILVA, Aline Maira da; AGRELOS, Camila da Silva Teixeira (Org.). Pesquisas em educação especial em Mato Grosso do Sul. São Carlos: Pedro & João, 2021. p. 45-61.
CID-10 – Classificação dos Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas – Organização Mundial da Saúde, trad. Dorgival Caetano. Artes Médicas: Porto Alegre, 1993.
CIDADES-BRASIL. Município de Amambai, MS. 2023. Disponível em: Amambaí - Informações sobre o município e a prefeitura (cidade-brasil.com.br)
CUNHA. Maria Serrati. Adaptações curriculares de pequeno porte para o aluno com Deficiência Intelectual. Dissertação de Mestrado. Escola Superior de Educação de Coimbra. 101 p. 2022.
COELHO, Luciana Lopes: BRUNO.Marilda Moares Garcia. A Interface entre Educação Escolar Indígena e a Educação de Surdos no MS. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 48, 2023.
LESCANO, Claudemiro Pereira; HEITOR Queiroz De Medeiros. Os pilares da educação Guarani Kaiowá: Kunumi há Chamiri – a criança Kaiowá. Série-Estudos, Campo Grande, MS, v. 24, n. 52, p. 297-317, set./dez. 2019.
MARTINS, Racquel Valério; MELO, Renato Alves Vieira de; VILLA, Fernando Gil. Combatir el maniqueísmo por medio de la educación. Revista Educação em Debate, Fortaleza, v. 40, n. 76, p. 48-56, maio/ago. 2018.
MENEZES, Alessandra Antonia Vinokurovas Bezerra. Processamento auditivo em crianças com transtorno de aprendizagem e dislexia . Dissertação (Mestrado em Fonoaudiologia) – Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Filosofia e Ciências – Marília, f. 80; 2017.
Minetto, Maria. de Fatima. Currículo na educação inclusiva: entendendo esse desafio. (2a. ed.). Revista Atual. Ampli, Curitiba: IBPX. (2008).
MORAIS; Jayson de Souza .e PALMA; Rogério. Educação Escolar Indígena Contra o Epistemicídio. Perspectivas em Diálogo, Naviraí, v. 6, n. 11, p. 217-232, jan./jun. 2019.
NOZU; Washington Cesar Shoiti; RIBEIRO; Eduardo Adão; BRUNO Marilda Moraes Garcia.Interface entre Educação Especial e Educação do Campo: a produção científica em teses e dissertações. Interfaces da Educ., Paranaíba, v.9, n.27, p. 317-349, 2018
NOZU; Washington Cesar Shoiti; PETELIN, Kátia Pereira; SÁ Michele Aparecida de Sá. Produção Científica Brasileira Nas Interfaces Educação Especial E Educação Escolar Indígena. Perspectivas Em Diálogo., Naviraí, v. 10, n. 24, p. 413-433, jul./set. 2023.
PAN. Miriam Aparecida Graciano de Souza. Direito a Diferença: uma reflexão sobre a deficiência intelectual e Educação inclusiva. Itanhaém: Ipex.; 2011.
PEREIRA, Heloisa Viscaino. Paralisia cerebral; Departamento de Pediatria. Residência Pediátrica. p.49-55 2018.
RUSSELL A.Barkle y. TDHA: transtorno do déficit de atenção com hiperatividade; tradução Luis Reyes Gil 1. Título original: Taking Charge of ADHD The Complete, Authoritative Guide for Parents. ed- Belo Horizonte: Autêntica - (Coleção Aprendendo a Viver), 2020.
SILVA; Wanderson Diogo Andrade e GOMES; Suzana dos Santos: A Educação Especial nos cursos de Licenciatura em Química das Instituições Federais de Educação Superior do Ceará ORCID: Revista Educação Especial | v. 36 | 2023 – Santa Maria Disponível em: ; Abril; 2023.
SOARES, Josélia Ferraz. A representação social de uma mãe indígena com filho que possui paralisia cerebral. 2009. 100 f. Dissertação –Mestrado em Psicologia, Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Campo Grande, 2009.
SOUZA, Vania Pereira Silva. Crianças indígenas Kaiowá e Guarani: um estudo sobre as representações sociais da deficiência e o acesso às políticas de saúde e educação em aldeias da região da Grande Dourados. 2011. 145 f. Dissertação –Mestrado em Educação, Faculdade de Educação, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Dourados, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Revista Interdisciplinar em Educação e Territorialidade – RIET
Este trabalho é licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 3.0 Unported License.
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista.
Os artigos publicados passam a ser propriedade da revista.
Autores que publicam neste periódico concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
(c) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, exemplo: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
(d) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online – em repositórios institucionais, página pessoal, rede social ou demais sites de divulgação científica.