Futuros Professores que Ensinarão Matemática: nos entrelaces de pensar sobre a inclusão
DOI:
https://doi.org/10.30612/tangram.v7i1.17619Palavras-chave:
Formação inicial de professores., Ensino de Matemática., Inclusão.Resumo
Este artigo, tem por objetivo discutir sobre a aprendizagem de futuros professores, ao produzirem materiais para o ensino de matemática para uma turma de licenciandos com um aluno cego. Fundamentados na perspectiva da Teoria Histórico-Cultural, proposta por Vigotski, e na Teoria da Atividade, desenvolvida por Leontiev, compreende-se que os sujeitos se desenvolvem e aprendem na interação com os seus pares. Partindo desta premissa, retrata-se aqui a experiência vivenciada por futuros professores durante a organização de materiais que foram utilizados em uma turma de um curso de licenciatura em que um dos estudantes é cego, durante a disciplina de Educação Matemática. A organização e o desenvolvimento das ações se deram por meio do projeto Clube de Matemática (CluMat) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), do qual participavam um estudante e uma estudante do curso de Licenciatura em Matemática e duas do curso de Pedagogia. Para a produção de dados, foram utilizados planejamentos, relatórios, registros fotográficos e depoimentos dos integrantes do CluMat. Os resultados permitiram evidenciar alguns aspectos que se mostraram como indicativos de aprendizagens tais como: a relevância da constituição de um espaço coletivo de discussão sobre a elaboração de materiais; a mobilização de outros conhecimentos para além dos matemáticos, ao se colocarem no movimento de pensar sobre como envolver todos os estudantes da turma; a preocupação com relação à função que o material exerce no processo educativo; e a troca de conhecimentos, vivências e experiências, interagindo com sujeitos de distintas formações.
Palavras-chave: Formação inicial de professores. Ensino de Matemática. Inclusão.
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