A organização do ensino do conceito matemático de fração: o jogo como situação desencadeadora da aprendizagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/tangram.v5i3.12797

Palavras-chave:

Organização do ensino de fração, Jogo, Movimento lógico-histórico.

Resumo

Este artigo possui como problemática central a organização do ensino de frações no Ensino Fundamental mediante o desenvolvimento do jogo ‘PerCorrendo o Tempo com as Frações”. Nesse contexto, foram buscadas respostas à seguinte questão: quais ações de estudantes de  quinto ano do Ensino Fundamental indicam sinais de apropriação do conceito de fração a partir do desenvolvimento de um jogo que aborda o  movimento lógico-histórico desse referido conceito matemático? Como escolha metodológica optou-se pelo experimento didático, o qual foi realizado em dois quintos anos distintos, cada um na cidade em que um dos pesquisadores reside e é professor de Matemática. Todas as ações da pesquisa se basearam nos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural e seus desdobramentos teórico-metodológicos.  A estrutura de análise se baseou nas unidades de análise de  Vigotski (2010), nos episódios de Moura (1993) e nos flashes de Silva (2014). Os  resultados permitem destacar que o jogo desenvolvido possibilitou a interação e a socialização das ideias e construções coletivas do conceito de fração e, sobretudo, viabilizou o pensamento e a apropriação dos estudantes quanto à produção humana e histórica desse conceito.

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Biografia do Autor

Bruno Silva Silvestre, Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática da Universidade Federal de Goiás

Doutorando do Programa de Pós-graduação em Educação em Ciências e Matemática UFG (2018). Mestre em Educação em Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Goiás (2016). Especialista em Educação Matemática UFG (2014). Especialista em Educação Inclusiva com ênfase no Atendimento Educacional Especializado (AEE), FABEC (2013). Concluída graduação, Licenciatura em Matemática - Faculdades Alfredo Nasser (2011). Atualmente está como professor na Secretaria Municipal de Educação (Goiânia), professor no Colégio LASSALE e professor do Ensino Superior (INSTITUTO WALLON)(UNIFAN) . Integrante do GEMat, Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Atividade Matemática. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em Educação Matemática, Teoria Histórico Cultural, Ensino Lúdico e Formação de Professores de Matemática.

Maria Marta da Silva, Universidade Estadual de Goiás - Campus Quirinópolis

Doutora em Educação Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Goiás, Mestre em Educação Ciências e Matemática pela Universidade Federal de Goiás, Especialização em Matemática Superior pela Universidade Estadual de Goiás, Licenciatura Plena em Ciências - Habilitação em Matemática pela Faculdade de Educação Ciências e Letras de Quirinópolis Professora efetiva da Universidade Estadual de Goiás, atuando especificadamente na licenciatura em Matemática, professora de Matemática dos anos finais do Ensino Fundamental na Rede Municipal (30 anos). Professora de Matemática do Ensino Médio - Rede Estadual- (por 20 anos). Professora das Especializações: Educação, Ciências e Humanidades e Gestão e Docência na Educação Básica, ambas ofertadas pela Universidade Estadual de Goiás. Coordenadora do CluMat (Clube de Matemática) da Universidade Estadual de Goiás. Coordenadora de Área do Sub Projeto Pibid de Matemática da UEG (Bolsista CAPES). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre a Atividade Matemática (GeMAT- UFG). Linhas de Pesquisa: Formação de professores de Matemática, Organização do Ensino e da aprendizagem de conceitos Matemática, sendo ambos na perspectiva da Teoria Histórico Cultural e Teoria da Atividade.

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Publicado

2022-09-30

Como Citar

Silvestre, B. S., & Silva, M. M. da. (2022). A organização do ensino do conceito matemático de fração: o jogo como situação desencadeadora da aprendizagem. TANGRAM - Revista De Educação Matemática, 5(3), 32–54. https://doi.org/10.30612/tangram.v5i3.12797

Edição

Seção

Artigos