Modelos de formação do professor de educação especial: estratégias de consolidação da política educacional

Autores

  • Kamile Vaz
  • Rosalba Maria Cardoso Garcia Universidade Federal de Santa Catarina

Palavras-chave:

Professor de Educação Especial. Política educacional. Formação docente.

Resumo

Este artigo tem como objetivo o estudo sobre o professor de Educação Especial, mais especificamente, os modelos de formação em meio às políticas educacionais do início do século XXI. Para tanto, utilizamos como procedimentos metodológicos a análise de documentos oficiais elaborados no período entre 2001 e 2011 que expressam a política de Educação Especial na perspectiva inclusiva e da produção acadêmica do campo específico. Ressaltamos, a partir disso, três modelos de professor apreendidos na análise da formação: o professor generalista, o professor especialista e o professor do Atendimento Educacional Especializado. Essa diferenciação é mais um elemento para a discussão sobre a reconversão docente e a divisão do trabalho dentro das escolas, considerando-se a Educação Especial como constituinte das políticas educacionais para a Educação Básica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Rosalba Maria Cardoso Garcia, Universidade Federal de Santa Catarina

professora do Departamento de Estudos Especializados em Educação do Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina

Referências

BOROWSKY, F. Fundamentos teóricos do curso de aperfeiçoamento de professores para o atendimento educacional especializado (2007): novos referenciais? 2010. 140 f. Dissertação (Mestrado em Educação)–Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.

BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal: Centro Gráfico, 1988. 292 p.

______. Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. p. 36.

______. Ministério da Educação. Conselho Nacional da Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer no 17, de 3 de julho de 2001. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 ago. 2001a. Seção 1, p. 46.

______. Ministério da Educação. Conselho Nacional da Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução no 2, de 11 de setembro de 2001. Institui as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 14 set. 2001b. Seção 1, p. 39-40.

______. Política nacional de educação especial na perspectiva inclusiva. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2008. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/politicaeducespecial.pdf. Acesso em: 23 de junho de 2014.

______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Resolução no 4, de 2 de outubro de 2009. Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Diário Oficial da Educação, Brasília, DF, 5 out. 2009a. Seção 1, p. 17.

______. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de Educação Básica. Parecer no 13, de 3 de junho de 2009. Diretrizes Operacionais para o atendimento educacional especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 set. 2009b.

______. Decreto no 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 nov. 2011.

BUENO, J. G. S. Crianças com necessidades educativas especiais, política educacional e a formação de professores: generalista ou especialista. Revista Brasileira de Educação Especial, Piracicaba, SP, v. 3, n. 5, p. 7-25, 1999.

______. As políticas de inclusão escolar: uma prerrogativa da educação especial? In: BUENO, J. G. S.; MENDES, G. M. L.; SANTOS, R.A. Deficiência e escolarização: novas perspectivas de análise. Araraquara, SP: Junqueira & Marin, Brasília: CAPES, 2008.

______. Educação especial brasileira: questões conceituais e de atualidade. São Paulo: EDUC, 2011.

CARTOLANO, M. T. P. Formação do educador no curso de pedagogia: a educação especial. Cadernos Cedes, Campinas, SP, v. 46, p. 29-40, set. 1998.

EVANGELISTA, O. Política de formação docente no governo Lula (2002-2010). In: Seminário Internacional Red Estrado, 8., 2010, Lima. Anais... Lima/Peru: Universidad de Ciencias y Humanidades, 2010. p. 1-14.

______.; TRICHES, J. Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia: docência, gestão e pesquisa. In: ANPEd Sul, 7., 2008, Itajaí. Anais... Itajaí, SC: UNIVALLI, 2008. 1 CD-ROM.

______.; LEHER, R. Todos pela educação e o episódio Costin no MEC: a pedagogia do capital em ação na política educacional brasileira. Trabalho Necessário, Rio de Janeiro, RJ, ano 10, n. 15, 2012.

FREITAS, L. C. de. A internalização da exclusão. Educação & Sociedade, Campinas, SP, v. 23, n. 80, p. 301-327, set. 2002.

HARVEY, D. Condição Pós-Moderna. 13. ed. São Paulo: Edições Loyola, 2004.

JANNUZZI, G. de M. A educação do deficiente no Brasil: dos primórdios ao início do século XXI. 3. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2012.

KOFLER, L. História e dialética: estudos sobre a metodologia da dialética marxista. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2010.

LEHMKUHL, M. S. Educação especial e formação de professores em Santa Catarina: vertentes médico-pedagógica e psicopedagógica como base da formação continuada. 2011. 292 f. Dissertação (Mestrado em Educação)–Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina. Florianópolis, SC, 2011.

MAUÉS, O. C. Reformas internacionais da educação e formação de professores. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n. 118, p. 89-117, mar. 2003.

MÉSZÁROS, I. A educação para além do capital. São Paulo: Boitempo, 2005.

MICHELS, M. H. A formação de professores da educação especial na UFSC (1988-2001): ambiguidades estruturais e a reiteração do modelo médico-psicológico. 2004. Tese (Doutorado em Educação: história, política, sociedade)–Faculdade de Educação, Pontifícia Universidade Católica, São Paulo. 2004.

______. Gestão, formação docente e inclusão: eixos da reforma educacional brasileira que atribuem contornos à organização escolar. Revista Brasileira de Educação, Marília, SP, v. 11, n. 33, p. 406-423, set./dez. 2006.

MONTAÑO, C.; DURIGUETTO, M.L. Estado, classe e movimento social. Biblioteca básica/Serviço Social. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

NEVES, L. M.W. Determinantes das mudanças no conteúdo das propostas educacionais no Brasil dos anos 90: período Itamar Franco. In: NEVES, L. M.W. (Org.) Educação e política no limiar do século XXI. Campinas: Autores associados, 2000. p. 5-58.

PEREIRA, L.C. B. Da administração pública burocrática à gerencial. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 47 n. 1 jan./abr. 1996. Disponível em: http://www.bresserpereira.org.br/view.asp?cod=87 Acesso em:15 de abril de 2014

ROPOLI, E. A. et al. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: a escola comum inclusiva. (Coleção A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar, 1). Brasília, DF: MEC/SEESP, 2010.

SHIROMA, E.O.; MORAES, M.C.M.; EVANGELISTA, O. Política educacional. Rio de Janeiro: DP&A, 2002. 140 p.

UNESCO. Declaração Mundial sobre Educação para Todos: satisfação das necessidades básicas de aprendizagem. Jomtien: UNESCO, 1990.

VAZ, K. O Professor de Educação Especial nas políticas de perspectiva inclusiva no Brasil: concepções em disputa. 2013. 237 f. Dissertação (Mestrado em Educação)–Centro de Ciências da Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.

Downloads

Publicado

2016-03-23

Como Citar

VAZ, Kamile; GARCIA, Rosalba Maria Cardoso. Modelos de formação do professor de educação especial: estratégias de consolidação da política educacional. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 5, n. 14, p. 47–59, 2016. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/educacao/article/view/4976. Acesso em: 18 dez. 2024.

Edição

Seção

DOSSIÊ EDUCAÇÃO ESPECIAL E INCLUSÃO ESCOLAR - 1ª Parte: Políticas públicas e formação de professores