Pedagogia da alternância e a curricularização da extensão popular na formação inicial de professores
DOI:
https://doi.org/10.30612/eduf.v11iesp.1.16509Palavras-chave:
Política de educação do campo, Formação de professores, Curricularização da extensãoResumo
A formação de professores requer um olhar sobre a concepção de educação; as instituições formadoras, a docência universitária e a articulação entre ensino, pesquisa e extensão. Deve contemplar princípios da ética e autonomia, na construção de uma prática contextualizada que desenvolva as potencialidades do educando, para o exercício da profissão docente e da cidadania numa perspectiva Interdisciplinar e planetária. A formação dos educadores do campo requer um olhar sobre a identidade dos sujeitos do campo, a cultura local, os contextos e a sustentabilidade. O processo de formação deve mobilizar saberes científicos, técnicos, pedagógicos e possibilitar o diálogo intercultural. Neste artigo temos por objetivo analisar a formação de educadores do campo no âmbito do PRONERA, no curso de Licenciatura em Geografia do Campus Mata Norte, através da curricularização da extensão universitária com base na Pedagogia da Alternância. A pesquisa de abordagem qualitativa foi desenvolvida para analisar as atividades realizadas pelos educandos no tempo-comunidade. Recorremos à pesquisa bibliográfica e documental como método de procedimento para coleta dos dados e análise do conteúdo dos relatórios apresentados pelos grupos pesquisados. Os resultados revelaram que a pedagogia da alternância promove a articulação com os saberes e o diálogo intercultural entre a comunidade local e a universidade. A curricularização da extensão popular na formação inicial possibilitou a imersão dos educandos na comunidade local e a construção da identidade profissional docente, no contexto local, em áreas de reforma agrária.
Downloads
Referências
ANDRÉ, M. Etnografia na prática escolar. Campinas, SP: Papirus, 1995.
ARAUJO, E. J. M.; CORRÊA, E. M. PROUNI: Políticas de inclusão ou exclusão no contexto das aprendizagens ao longo da vida. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 1, n. 1, p. 32-47, nov. 2011. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/educacao/article/view/1406. Acesso em: 22 fev. 2021.
ARROYO, M. G.; CALDART, R. S.; MOLINA, M. C. Por uma Educação do Campo. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
ARROYO, M.; FERNANDES, B. A educação básica e o movimento social do campo. Brasília, DF: Articulação Nacional por uma Educação Básica do Campo, 1999.
BEZERRA, L. Sem Terra aprende e ensina: Estudo sobre as práticas educativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais. Campinas, SP: Autores Associados, 1999.
BRASIL. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, DF: Presidência da República, 1996. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm. Acesso em: 22 fev. 2021.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Terceiro e quarto ciclos. Geografia. Brasília, DF: MEC; SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Ciências Humanas e suas tecnologias. Brasília, DF: MEC, 2000.
BRASIL. Ministério da Educação. Parecer CNE/CEB 36/2001. Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Brasília, DF: MEC, 2001a.
BRASIL. Ministério da Educação. Parecer CNE/CP9/2001. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior: curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília, DF: MEC, 2001b.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB 1/2002. Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Brasília, DF: MEC, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CEB/2/2008. Estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo. Brasília, DF: MEC, 2008.
CALDART, R. Pedagogia do Movimento Sem Terra. São Paulo: Expressão Popular, 2004.
FRIGOTTO, G. Educação para a “inclusão” e a “empregabilidade”: Promessas que obscurecem a realidade. In: CANÁRIO, R.; RUMMERT, S. (org.). Mundos do Trabalho e Aprendizagem. Lisboa: Educa Formação, 2009.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994.
MACHADO, B. A Pedagogia da Alternância como modalidade de educação: A Pedagogia da Alternância como modalidade de educação alguns desafios para a extensão rural. 2000. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa, PR, 2000.
MANACORDA, M. A. O princípio educativo em Gramsci. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
MOLINA, M. C. A contribuição do PRONERA na construção de políticas públicas de educação do campo e desenvolvimento sustentável. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Sustentável) – Universidade de Brasília, Brasília, 2003.
NOZELLA, P. A escola de Gramsci. Porto Alegre: Artes Médicas, 1992.
PEREIRA, A. M. S. (org.). Educação do campo: concepção, sujeitos e processos de formação de educadores em Pernambuco. Recife: EDUPE, 2018.
PEREIRA, A. M. S. Educação do campo: De resistência à alternativa - narrativas biográficas da formação dos educadores do campo no Brasil e do meio rural em Portugal. 2019. Tese (Doutorado) – Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação, Universidade do Porto, Porto, 2019.
SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Cortez, 2002.
SILVESTRE, H.; ARAÚJO, J. (Coord.). Metodologia para a investigação social. Lisboa: Escolar Editora, 2012.
SOUZA, J. F. Prática pedagógica e formação de professores. In: NETO, J. B.; SANTIAGO, E. (org.). Prática pedagógica e formação de professores. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Educação e Fronteiras
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.