A simbologia do Boi em “Folia dos três Bois”, de Sylvia Orthof e “Teseu e o Minotauro”, de Ana Maria Machado

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v19i47.19800

Palabras clave:

Comédia grega; Literatura infantojuvenil; Boi; Sylvia Orthof; Ana Maria Machado.

Resumen

A comédia tem sua origem na Grécia a partir de improvisos de dramas satíricos que eram apresentados em festivais em homenagem ao deus Dioniso, abordando temáticas políticas pela atuação de personagens que representavam tipos sociais. Além de provocar o riso, tinha a função de mostrar as opiniões e aspirações do povo e, por meio da ridicularização, da sátira e da zombaria, a comédia mostrava aos cidadãos da pólis o mau comportamento, que não deveria ser mostrado. Alguns desses elementos da comédia grega ainda são identificados hoje. A partir dos pressupostos teóricos de Aristóteles (2007), Grimal (1978) e Oliveira (1993), que versam sobre a história da comédia grega, e do significado da simbologia do boi apresentado por Chevalier e Gheerbrant (2007), propomo-nos a analisar a presença do boi na obra dramática “Folia dos três bois”, de Sylvia Orthof, publicado no livro “Fantasma de Camarim: doideiras com Apolônia Pinto” (1995) e a obra narrativa “Teseu e o Minotauro” presente em “Histórias greco-romanas” (2011), de Ana Maria Machado. A simbologia dos bois traz ideias ambivalentes e complementares. Em Orthof, temos uma visão pacífica atrelada à ideia de nascimento e fertilidade, enquanto em Machado, o boi representa o poder mediante a força física.

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Biografía del autor/a

Luciana Petroni Antiqueira Chirzóstomo, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

Doutoranda em Letras / Estudos Literários, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / UFMS. Bolsista CAPES. Mestrado em Letras / Estudos Literários, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / UFMS (2019). Especialização em Educação Infantil pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / UFMS (2012). Licenciatura plena em Educação Artística pela Universidade Metropolitana de Santos / UNIMES (2007). Graduação em Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Londrina / UEL (2003). Professora concursada da Rede Estadual de Mato Grosso do Sul e da Rede Municipal de Ensino da cidade de Três Lagoas/MS. Tem experiência na área de Arte, com destaque para Teatro, Educação Artística, Educação Infantil e Literatura Infantojuvenil.

Ricardo Magalhães Bulhões, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul - UFMS

Mestre e Doutor em Literatura e Vida Social pela UNESP de Assis, com pós-doutorado em Teoria Literária pela Unicamp (IEL); Professor de Literaturas de Língua Portuguesa na graduação e no PPG-Letras, Mestrado-Doutorado, na UFMS, no Campus de Três Lagoas (CPTL). Nos últimos cinco anos tem publicado trabalhos sobre a ficção brasileira contemporânea e suas relações intertextuais com outras épocas, propondo revisão e atualização das categorias da narrativa de romances e contos brasileiros do século XXI, não só as que se apropriam do cenário urbano mas também as narrativas de linhagem regional, campesina. Atualmente prioriza nas pesquisas os seguintes temas: literatura juvenil, literatura e ensino, literatura e outras artes (cinema, letra da canção, fotografia) e a literatura brasileira contemporânea de um modo geral. É membro dos Grupos de Pesquisa Literatura juvenil: crítica e história; Manuscritos e Impressos Luso Americanos e também faz parte do grupo de trabalho: Leitura e literatura infantil e juvenil junto a ANPOLL.

Citas

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Publicado

2025-09-24

Cómo citar

Chirzóstomo, L. P. A., & Bulhões, R. M. (2025). A simbologia do Boi em “Folia dos três Bois”, de Sylvia Orthof e “Teseu e o Minotauro”, de Ana Maria Machado. Raído, 19(47), 225–239. https://doi.org/10.30612/raido.v19i47.19800

Número

Sección

Literatura infantil e juvenil escrita por mulheres no contexto ibero-americano: gênero e cânone