Sequências didáticas, sequências de formação e rotas em educação Linguística Crítica para a formação de professores de Inglês: (re)configurações e expansões do dispositivo original
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v17i44.17064Palabras clave:
Interacionismo Sociodiscursivo, Sequências didáticas, Sequências de formação, Rotas em educação linguística crítica para professores de inglêsResumen
A reconfiguração de teorias e práticas já consolidadas faz parte do movimento teórico-científico que rege grande parte das pesquisas na contemporaneidade. No caso da corrente teórico-metodológica do Interacionismo Sociodiscursivo em contexto brasileiro, pesquisadores das áreas de ensino de língua inglesa se propuseram a repensar o dispositivo conhecido como sequência didática para adaptá-lo – e até mesmo expandi-lo – de modo a suprir as necessidades de nosso contexto. Neste artigo, procuramos ilustrar tais adaptações e expansões, com foco principal naquelas que consideram o contexto de formação de professores. Primeiramente, buscamos solidificar um arcabouço referencial que sustenta concepções de língua e linguage (Bakhtin, 1981; 1986; Bronckart, 2007; Vygotsky, 1998) nas quais o Interacionismo Sociodiscursivo se baseia. Em segundo lugar, discorremos sobre os fundamentos da corrente assim como sobre as características basilares de seu dispositivo de ensino, a sequência didática (Dolz; Noverraz; Schneuwly, 2004). Por fim, nos preocupamos em listar as (re)configurações e expanspropostas por pesquisadores em nosso território, como a sequência didática brasileira (Miquelante et al., 2017; Magalhães; Cristovão, 2018), a sequência de formação (Dolz; Gagnon, 2018; Francescon; Cristovão; Tognato, 2018) e as rotas em educação linguística crítica para professores de Inglês (Cristovão; Miquelante, 2021).
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