Os efeitos da formação inicial na planificação de sequências didáticas por graduandos em pedagogia
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v16i40.16387Palabras clave:
formação inicial de professores, ensino de língua portuguesa, planificação de sequências didáticasResumen
Considerando as possíveis contribuições dos norteamentos teórico-metodológicos das disciplinas voltadas para o ensino de língua portuguesa no curso de Pedagogia da UFCG para a formação inicial de pedagogos, neste estudo investigamos os efeitos de tais orientações para o trabalho planificado por graduandos no âmbito dessas disciplinas. Para tanto, fundamentamo-nos teoricamente nos pressupostos da Linguística Aplicada, especificamente nas contribuições do Interacionismo Sociodiscursivo. O corpus analisado foi constituído por duas sequências didáticas produzidas por alunos do referido curso, que tinham como objetivo o trabalho com o texto nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Constatamos como efeito dos norteamentos teórico-metodológicos da formação, em primeiro lugar, o trabalho com os gêneros textuais como foco central da planificação, buscando integrar os eixos do ensino de língua para a abordagem dos textos. Em segundo lugar, observamos a exploração das dimensões social e cognitiva da língua, materializadas no estabelecimento dos parâmetros sociosubjetivos para a produção textual, bem como nos direcionamentos para o planejamento e a reescrita de textos.
Descargas
Citas
BARROS, E.M.D. A capacidade de ação discursiva: representações do contexto de produção em situação de ensino-aprendizagem da escrita. Trab. Ling. Aplic. Campinas, SP. n (54.1): 109-136, jan/jun. 2015.
BRANDÃO, A. C. P. A revisão textual na sala de aula: reflexões e possibilidades de ensino. In: LEAL, T. F.; BRANDÃO, A. C. (orgs). Produção de textos na escola: reflexões e práticas no ensino fundamental. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 119-133.
BRONCKART, J.P. Atividades de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sócio-discursivo. Trad. Ana Rachel Machado e Péricles Cunha. São Paulo: EDUC, 1999.
______. Gêneros de textos e tipos de discurso como formato das interações propiciadoras de desenvolvimento. In: ______ Atividades de linguagem, discurso e desenvolvimento humano. Trad. Ana Rachel Machado Machado e Maria Lúcia M. Matêncio Campinas, SP: Mercado de Letras: 2006, p.121-160.
COSTA-HUBES, T.C.; SIMIONI, C. A. Sequência didática: uma proposta metodológica curricular de trabalho com os gêneros discursivos/textuais. In: BARROS, E.M.D. de; RIOS-REGISTRO, E. S (orgs). Experiências com sequências didáticas de gêneros textuais. São Paulo: Pontes, p. 2014, p. 15-39.
DE PIETRO, J.F.& SCHNEUWLY, B. O modelo didático do gênero: um conceito da engenharia didática; in: NASCIMENTO, E.L. (Org.). Gêneros textuais: da didática das línguas aos objetos de ensino. Campinas: Pontes, [2002]2014, p. 51-81.
DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B.; NOVERRAZ, M. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: DOLZ, J.; SCHNEUWLY. B. Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e org. Roxane Rojo e Graís Cordeiro. Campinas Campinas: Mercado das Letras, 2004, p. 95-128.
GUIMARÃES, A. M; BUENO, L.; LOUSADA, E. G. O interacionismo sociodiscursivo: ampliando a visão. In: BRONCKART, J.P; BRONCKAT, E. B. As unidades semióticas em ação: estudos linguísticos e didáticos na perspectiva do ISD. Org. Eliane G. Lousada; Luzia Bueno e Ana Maria de Mattos Guimarães. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2017, p. 7 -17.
GONÇALVES, A.V; FERRAZ, M. R. Sequência didática: ferramenta de aprimoramento da prática pedagógica e desenvolvimento dos saberes discentes. In: In: BARROS, E.M.D. de; RIOS-REGISTRO, E. S (orgs). Experiências com sequências didáticas de gêneros textuais. São Paulo: Pontes, SP: p. 69-96.
KLEIMAN, A. O conhecimento prévio na leitura. In: ______ Texto e leitor: aspectos cognitivos da leitura. Campinas, SP: 1989, p. 13-27.
MACHADO, A. R.; CRISTÓVÃO, V. L. A construção de modelos didáticos de gêneros: aportes e questionamentos para o ensino de gêneros. In: ABREU-TARDELLI, L. S.; CRISTÓVÃO (orgs.) Linguagem e educação: o ensino e a aprendizagem de gêneros. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2009, p. 123-151.
RAFAEL, E. L. Planejamento de ensino de língua portuguesa como objeto de estudo na formação de professores. Revista Linguagem & Ensino, Pelotas, v. 22, n. 1, p. 14-38, jan./ mar. 2019.
REINALDO, M.A.M.; ALVES, M. F. Didatização de gêneros textuais e agir docente. In: ARAUJO,D.L.; COSTA, M. A.; SILVA, W.M. Caminhos do programa de Pós-graduação em linguagem e ensino: identidade, estudos e formação de pesquisadores. Campina Grande: EDUFCG, 2019, p. 347- 374.
SILVA, R. L.; CRISTOVÃO, V. L. O papel da leitura e resenhas críticas de livros, filme e Cd na formação inicial do professor de língua inglesa. In: Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade de Passo Fundo - v. 10 - n. 1 - p. 193-215 - jan./jun. 2014.
SILVA, A. B.; ALVES, M. F. O planejamento de ensino para o trabalho com a leitura na formação inicial de professores de Língua Portuguesa. In: Textura, vol. 22, nº 52. Outubro – dezembro. 2020, p. 89-110.
SILVA, A.; MELO, K. L. R. Produção de textos: uma atividade social e cognitiva. In: LEAL, T. F.; BRANDÃO, A. C. (orgs). Produção de textos na escola: reflexões e práti cas no ensino fundamental. Belo Horizonte: Autêntica, 2007, p. 29-44.
VIEIRA-SILVA, C. Didatização, transposição e modelização didática: processos de (re) organização e ressignificação de saberes docentes. In: LEURQUIN, E; COUTINHO, M. A. MIRANDA, F. (orgs.) Formação docente: textos, teorias e práticas. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2015.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.