O papel da escrita acadêmica na formação de professores de português como língua não materna
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v19i48.20466Palavras-chave:
escrita acadêmica, formação de professores, português como língua não materna, práticas de escritaResumo
Examinamos, neste artigo, como as práticas de escrita acadêmica se configuram na formação inicial de professores de língua portuguesa na Universidade Nacional de Entre Ríos (UNER), Argentina. Dada a importância da escrita na cultura universitária e as convenções institucionais que a regulam, analisamos sua dupla função na formação de formadores de português como língua não materna: como objeto de estudo e aprendizagem e como objeto de ensino. De nossa perspectiva, que considera o papel da escrita acadêmica crucial para a democratização do ensino superior (Lillis, 2022), apresentamos, em diálogo com Aisenberg (2005), uma seleção de questões desenhadas para a disciplina “Compreensão e Produção de Textos em Português”, nas quais analisamos a concepção de escrita que se configura de acordo com as diretrizes que orientam o currículo da licenciatura. Confiamos em que a análise qualitativa, baseada em uma abordagem etnográfica e discursiva, contribuirá para promover uma maior reflexão crítica sobre as práticas de ensino da escrita, tanto em termos da possibilidade de os estudantes se assumirem, progressivamente, como enunciadores das suas produções, como da sua formação profissional para o ensino da língua portuguesa.
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