A sala de aula de física: ludicidade e diálogo

Autores

  • Edmilson de Souza Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Rosemeire Aparecida Nunes de Oliveira

Palavras-chave:

Ensino de Física. Ludicidade. Diálogo. Eletricidade. Pequenos Grupos.

Resumo

O Ensino de Ciências, atualmente, passa por grandes transformações, em especial, a necessidade de maior reflexão, por parte do docente sobre sua prática e as possibilidades pedagógicas que cercam seu fazer. A sala de aula se tornou foco de investigação, justamente por que é nesse espaço, oficial, em que o ato educacional legalmente estabelecido ocorre; se desenrola; se perpetua no modelo atual brasileiro. Dessa maneira, a abordagem do conhecimento, em sala, através de momentos com caráter lúdico, pode auxiliar no processo de comunicação professor-estudante, e, ao mesmo tempo introjetar no educando percepções sobre sua participação no meio social, através do uso de temas geradores, que estimulam o diálogo e a formação crítica do estudante. No presente trabalho, a partir do planejamento e aplicação de um grupo de aulas com elementos que implicam na participação direta dos estudantes através da manipulação de objetos, da construção de discursos com fatos hipotéticos, da criação de momentos de diálogo e conflito de ideias, e uso de mídias com animações, se buscou compreender a abrangência dessa prática. Os resultados evidenciam que a ação lúdica auxilia na integração entre os estudantes, fortalecendo as relações pessoais, o processo criativo de cunho social; também se percebe um campo de oportunidades para compreender os processos emocionais envolvidos na aprendizagem, além, de estimular a formação de criticidade no estudante sobre a sociedade em que ele vive. O tema explorado, a energia elétrica, através de conceitos de eletricidade, também evidencia os limites das práticas lúdicas, o tempo. Educar não é um processo isolado dos demais fatos sociais em que o estudante está envolvido. A construção coletiva necessita de tempo para sua maturação, e, esse tempo, dentro da estrutura atual da escola desencoraja essa prática, e pode, facilmente, causar prejuízos quando mal planejadas e, não observadas as características intrínsecas do conhecimento cientifico envolvido e suas reais demandas, cedendo espaço a “pirotecnia” em detrimento de uma aprendizagem sólida em Física. Finalmente, é possível afirmar, mediante os resultados obtidos, que a construção de espaços e momentos lúdicos, em sala de aula, representa um ato motivacional e, principalmente, uma estratégia que favorece a aprendizagem e a percepção do docente como facilitador do processo educacional.

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Biografia do Autor

Edmilson de Souza, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Licenciado em Física pela Universidade Estadual de Londrina (UEL),1996; Mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), 2000; Doutor em Engenharia Mecânica pela Universidade de São Paulo (USP), 2009. Desde 1999 é docente da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), atuando junto às Graduações de Física, Engenharia Ambiental e Engenharia Física. Atualmente exerce a função de Pró-Reitor de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários da UEMS. É lider do Grupo de Pesquisa em Qualidade do Ar junto ao Centro Integrado de Análise e Monitoramento Ambiental (CINAM). Coordena o Núcleo de Divulgação Científica (NDC) especializado em Popularização da Ciência

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Publicado

2012-12-27

Como Citar

DE SOUZA, Edmilson; NUNES DE OLIVEIRA, Rosemeire Aparecida. A sala de aula de física: ludicidade e diálogo. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 2, n. 6, p. p.37–55, 2012. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/educacao/article/view/2047. Acesso em: 23 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê