O sentido da formação docente na pedagogia, a práxis e as contribuições da Faculdade de Educação da UFG
DOI :
https://doi.org/10.30612/eduf.v14iesp.2.19715Mots-clés :
Formação docente, Pedagogia, Práxis, TecnicismoRésumé
O presente artigo, de caráter histórico, político e epistemológico, tem como ponto de partida a formação docente no início dos anos 1980 no Brasil da modernização autoritária. Nesse contexto, o debate do sentido da formação no curso de Pedagogia apresentava, de um lado, a compreensão hegemônica da formação do pedagogo com centralidade técnico-burocrática e a defesa da formação das habilitações — administração, supervisão, orientação e inspeção escolares. Como seu avesso, de outro lado, se esboça outra racionalidade, crítica e divergente, em franca oposição ao autoritarismo, ao tecnicismo e à formação das habilitações na Pedagogia. Pode-se reconhecê-la pela defesa da docência como base da formação do pedagogo, distinguindo-se pela denúncia contra o que desumaniza o educador e o seu trabalho, e pelo caráter teórico-prático de sua ação docente. Acerca da contribuição da Faculdade de Educação/UFG e do filósofo e professor Ildeu Moreira Coêlho, o aspecto da formação humana afirmou-se como primordial. As presentes discussões foram reavivadas com o objetivo de contestar a iminente lógica das atuais políticas de formação de professores, que prometem alinhar a formação no curso de Pedagogia à lógica das diretrizes político-pedagógicas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC/2015).
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