Aspectos identitários do discurso historiográfico

Autores

  • Geiza da Silva Gimenes UFMS
  • Vânia Mara Lescano Guerra UFMS

Palavras-chave:

Discurso. História. Relações de poder. Identidade.

Resumo

O estudo, que toma como objeto de investigação o discurso historiográfico, mostra a história onde ela não é considerada, ou seja, investiga como se constituiu a identidade cultural da cidade de Rondonópolis (MT) e em nome de quem ela se legitimou. A investigação inscreve-se no quadro da Análise do Discurso de linha francesa e nos estudos da Nova História Cultural para, por meio de um trabalho genealógico, analisar tal formação num processo de restabelecimento de diversos sistemas de submissão, no jogo casual das dominações. A pesquisa parte da perspectiva da história enquanto acontecimento, discurso, quebrando a ideia de continuidade, homogeneidade e objetividade da história tradicional, trazendo à tona a “história efetiva”, uma vez que o saber não foi feito para compreender, ele foi feito para cortar, segundo estudos foucaultianos. Neste processo, são articuladas as desconstruções de discursos que deram visibilidade e tornaram instituível uma identidade para a cidade como, por exemplo, os discursos oficiais, literários, crônicas, observando as relações de força que atravessam estes discursos, os quais podem ser verificados em práticas discursivas que os recortam, classificam, definem e os incluem na história, excluindo simultaneamente outros discursos que circulam nesse espaço como o sujeito feminino, a periferia desses discursos, embora se tenha constatado a inserção de uma figura feminina da índia Rosa Borora, objeto do presente estudo.

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Publicado

18.12.2008

Como Citar

Gimenes, G. da S., & Guerra, V. M. L. (2008). Aspectos identitários do discurso historiográfico. Raído, 2(4), 21–34. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/Raido/article/view/95

Edição

Seção

ARTIGOS - LINGUÍSTICA E LINGUÍSTICA APLICADA