“Que estas páginas simbolizem uma passeata de rapazes e moças": sobre crônicas clariceanas produzidas no período da ditadura militar no Brasil

Autores

  • Joyce Alves Universidade Estadual de Londrina (UEL)

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v13i32.9408

Palavras-chave:

Literatura. Ditadura militar. Clarice Lispector. Crônicas.

Resumo

Este artigo traz uma abordagem em torno de algumas crônicas publicadas por Clarice Lispector no Jornal do Brasil, entre 1967 e 1973, tendo em vista o fato de que foram produzidas no período da ditadura militar no Brasil. Os textos fazem parte da coletânea A descoberta do mundo (1981), que reúne aproximadamente quatrocentas crônicas publicadas pela autora no período acima mencionado. Nesta mesma época, o cenário político do país foi marcado pelo regime militar e a cidade do Rio de Janeiro, onde a escritora morou até o ano de sua morte em 1977, foi palco de significativas transformações nas esferas políticas e culturais. A partir deste contexto, Clarice Lispector escreveu suas crônicas lançando mão de uma apuradíssima percepção e evidente consternação em face da situação do país e, ao mesmo tempo, impulsionada pelo que chamo de parresía literária (ALVES, 2017). Aproveitando as palavras de Silviano Santiago (2014), o ativismo coletivo de Clarice Lispector “robustece a arte pelo avesso, liberando-a do compromisso que a literatura brasileira tradicional mantém com o acontecimento sócio histórico”.

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Biografia do Autor

Joyce Alves, Universidade Estadual de Londrina (UEL)

Doutora em Letras (Literatura Comparada) pela Universidade Estadual de Londrina (UEL/PR).

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Publicado

26.11.2019

Como Citar

Alves, J. (2019). “Que estas páginas simbolizem uma passeata de rapazes e moças": sobre crônicas clariceanas produzidas no período da ditadura militar no Brasil. Raído, 13(32), 11–30. https://doi.org/10.30612/raido.v13i32.9408

Edição

Seção

Literatura e estado de exceção