Aspectos morfológicos da Libras: reflexões necessárias sobre o processo de formação de sinais
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v15i39.14740Palavras-chave:
Morfologia. Libras. Formação de sinais.Resumo
As investigações sobre os aspectos morfológicos relacionados à Língua Brasileira de Sinais (Libras) são relativamente recentes (consolidados a partir de 2004), quando comparados aos estudos da morfologia das línguas orais (a partir de 1968). O tardio interesse por essa área da linguística pode se justificar pelo reconhecimento também tardio da Libras no Brasil, tendo ocorrido somente no Século XXI, pela Lei 10.436 de 24 de abril de 2002. Sendo constatada como instrumento de comunicação e expressão das Comunidades Surdas Brasileiras, a Libras passou a ocupar diferentes espaços na sociedade contemporânea, sobretudo, no cenário acadêmico-científico. Nesse sentido, o presente estudo objetiva discutir os processos de formação de sinais da Libras, considerando sua modalidade linguística visuoespacial e, para isso, a investigação recorre, metodologicamente, aos preceitos de cunho bibliográfico, o que colabora para ampliar as pesquisas na área da morfologia da Libras. Os resultados deste trabalho apontam que é possível identificar os processos formativos, principalmente, do tipo “composição” e que, por se tratar de uma língua cuja modalidade é visuoespacial, os processos de formação de sinais (componente lexical da Libras) se distinguem daqueles identificados na língua oral.
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