A compreensão da escrita como processo na formação docente do PIBID
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v11i27.5665Palabras clave:
Formação docente inicial. Escrita. Revisão. Reescrita.Resumen
Neste artigo, tratamos das concepções de escrita, revisão e reescrita dos professores em formação inicial participantes do PIBID, objetivando investigar como é constituída a formação teórico-metodológica sobre tais processos. Para tanto, pautamo-nos na perspectiva enunciativo-discursiva e na concepção dialógica de linguagem do Círculo de Bakhtin; no conceito de escrita como trabalho e nos estudos sobre o processo de escrita, com enfoque na revisão e reescrita. A pesquisa desenvolveu-se de acordo com o aporte da Linguística Aplicada e da pesquisa-ação, em um processo de formação junto aos participantes. Para as análises, consideramos as atuações dos professores nos questionários inicial e final da pesquisa, analisando suas compreensões acerca dos conceitos envoltos no processo de escrita. Após o trabalho efetivado no PIBID e tomando os registros da pesquisa, avaliamos que os estudos teórico-metodológicos foram compreendidos de modo a provocar alterações nas concepções em cada fase da pesquisa, pois os professores demonstram entender a escrita como processo, a revisão e a reescrita como inerentes e etapas recursivas e dialógicas, que visam a possibilitar um texto mais adequado à situação de enunciação.Descargas
Citas
ANTUNES, I. Aula de português: encontro & interação. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.
______. Avaliação da produção textual no ensino médio. In: BUNZEN, C.; MENDONÇA, M. (Org.). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 163-180.
BAKHTIN. M. Estética da criação verbal. Introdução e tradução Paulo Bezerra. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. p. 261 – 306.
BAKHTIN/VOLOCHÍNOV, M. Marxismo e filosofia da linguagem. Tradução Michel Lahud e Yara Frateschi Vieira. 12. ed. São Paulo: Hucitec, 2006.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - 9394/96. Brasília: MEC, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 18 maio 2015.
CABRAL, M. L. A revisão no processo de avaliação da escrita no ensino superior: concepções e representações dos alunos. Revista Portuguesa de Educação. Braga, Portugal, vol. 17, n. 002, p. 275-303, 2004.
CASTELA, G. da S. O PIBID como espaço de formação de professores em Letras no Paraná. (Org.). Porto Alegre: Evangraf/Unioeste, 2014.
DIONISO, A.; CORTES, S.; LIMA, A. Ao Pé da Letra, Recife, v. 17, n. 1, jan./jul. 2015a.
______. Ao Pé da Letra, Recife, v. 17, n. 1, jul./dez. 2015b.
DORETTO, S. A.; XXXX. Concepções de linguagem e conceitos correlatos: a influência no trato da língua e da linguagem. Revista Encontros de Vista. 8. ed. 2011, p. 89 - 103. Disponível em: <http://www.encontrosdevista.com.br/Artigos/09_Shirlei_Ap_Doretto_e_Adriana_Beloti_Concep%C3%A7%C3%B5es_de_linguagem_e_conceitos_correlatos.pdf>. Acesso em: 15. jan. 2016.
FABRE, C. Des variantes de brouillon au cours préparatoire. Études de Linguistique Appliquée, n. 62, p. 59-79, 1986.
FIAD, R. S., MAYRINK-SABINSON, M. L. T. A escrita como trabalho. In: MARTINS, M. H. (Org.). Questões de linguagem. São Paulo: Contexto, 1991. p.54-63.
GASPAROTTO, D. O trabalho colaborativo em práticas de revisão e reescrita de textos em séries finais do Ensino Fundamental I. 2014. 325 f. Dissertação (Mestrado)-Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2014.
GERALDI, J. W. Portos de passagem. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
______. (Org.). O texto na sala de aula. 3. ed. São Paulo: Ática, 2004.
GUIMARÃES, E. Os estudos sobre linguagens: uma história das ideias. Linguagem, cultura e transformação. 2001. Disponível em<http://www.comciencia.br/reportagens/linguagem/ling14.htm>. Acesso em: 14 jan. 2015.
JESUS, C. A. de. Reescrevendo o texto: a higienização da escrita. In: CHIAPPINI, L (Coord.). Aprender e ensinar com textos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2004. p. 99-117.
KOCH, I. G. V.; ELIAS, V. M. Ler e escrever: estratégias de produção textual. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2011. p. 31-36.
XXXX. Da revisão à reescrita de textos: operações e níveis linguísticos na construção do texto. 1998. 265 f. Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Estadual Paulista - Faculdade de Ciências e Letras de Assis, Assis, 1998.
______. Conceitos bakhtinianos em comandos de prova de redação. In: FIGUEIREDO, D. C.; BONINI, A.; FURLANETTO, M. M.; MORITZ, M. E. W. (Org.). Sociedade, cognição e linguagem: apresentações do IX CELSUL. Florianópolis: Insular, 2012, v. 1. p. 251-276.
MOITA LOPES, L. P. da (Org.). Por uma Linguística Aplicada INdisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.
PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da Educação Básica: Língua Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008.
PARISOTTO, A. L. V. O olhar docente: aspectos relevantes na correção e avaliação de textos escolares. Estudos linguísticos, vol. XXXVII, n. 002, p. 59-73, maio/ago. 2009. Disponível em: <http://gel.org.br/estudoslinguisticos/volumes/38/EL_V38N2_05.pdf>. Acesso em: 14 jan. 2013.
PERFEITO, A. M. Concepções de linguagem, teorias subjacentes e ensino de língua portuguesa. In: XXXX, R. J.; SANTOS, A., R. dos; RITTER, L. C. B. (Org.). Concepções de linguagem e ensino. Maringá: Eduem, 2010. p. 11-40. (Coleção formação de professores EAD, v. 41).
PIANARO-ANGELO, C. M. Mediações colaborativas e pedagógicas na sala de apoio à aprendizagem de Língua Portuguesa. 2015. 390 f. Tese (Doutorado)-Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 2015.
ROJO, R. H. R. Gêneros do discurso e gêneros textuais: questões teóricas e aplicadas. In: MEURER, J. L.; BONINI, A.; MOTTA-ROTH, D. (Orgs.). Gêneros: teorias, métodos e debates. São Paulo: Parábola Editorial, 2005. p. 184-207.
RUIZ, E. D. Como corrigir redações na escola: uma proposta textual-interativa. 1. reimp. São Paulo: Contexto, 2010.
SAVIANI, D. Sobre a natureza e especificidade da educação. In: SAVIANI, D. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 8. ed. rev. e ampl. Campinas, SP: Autores Associados, 2003. p. 11-22.
SERCUNDES, M. M. I. Ensinando a escrever. In: CHIAPPINI, L. (Coord.). Aprender e ensinar com textos. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2004. p. 75-97.
THIOLLENT, M. Metodologia da pesquisa-ação. São Paulo: Cortz, 2005.
TRIPP, D. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa. São Paulo, v. 31, n. 3, set./dez. 2005, p. 443-466. Tradução de Lólio Lourenço de Oliveira.
VOLOCHINOV, V. N; BAKHTIN, M. Discurso na vida e discurso na arte (sobre poética sociológica). 1926. Trad. de Carlos Alberto Faraco e Cristóvão Tezza [para fins didáticos]. Versão da língua inglesa de I. R. Titunik a partir do original russo.
ZANINI, M. Uma visão panorâmica da teoria e da prática do ensino de língua materna. Acta Scientiarum, 21(1), Maringá, 1999, p. 79-88.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.