O duplo como discurso da alteridade em três contos de Cortázar
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v17i43.16197Palabras clave:
Cortázar; contos fantásticos; alteridade.Resumen
O presente artigo tem por objetivo analisar de forma comparativa três contos fantásticos, a saber, “Lejana”, “La noche bocarriba” e “La isla a mediodía”, do escritor argentino Julio Cortázar, considerado um dos mais importantes ficcionistas do século XX, com vistas à compreensão da relação entre essas narrativas e o discurso da alteridade expressado por elas. Para a realização da análise este estudo utilizou como referenciais teóricos sobretudo as obras de Todorov (2009), Ceserani (2006) e Rosset (2008), no tocante ao tema do fantástico e do duplo, e Arrigucci Jr. (2003), em relação à poética cortazariana. Esse estudo comparativo justifica-se pela importância da literatura desestabilizadora de Cortázar, a qual certamente contribuiu e segue contribuindo para a renovação da prosa ficcional, transformando a experiência da leitura por meio de uma reflexão profundamente existencial e questionadora dos limites da percepção.
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