A escrita na graduação em Letras: desafios e representações
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v11i27.5656Palabras clave:
Representação social. Escrita acadêmica. Letras. Práticas letradas.Resumen
Este trabalho objetiva desvelar a representação de escrita evidenciada no curso de Letras à luz do fenômeno das representações sociais desenvolvido por Moscovicci ([1961] 2013) e colaboradores (SPINK, 1995; JOVCHELOVITCH; GUARESCHI, 1994). A metodologia utilizada é de base qualitativa, a qual segue os procedimentos da pesquisa experiencial (cf. MICCOLI, 2014) e da pesquisa exploratória (cf. MOREIRA; CALEFFE, 2008). Em se tratando da coleta de dados, foi aplicado 1 (um) questionário e realizado 3 (três) sessões reflexivas com grupos de graduandos de 3 (três) instituições de nível superior localizadas no estado da Paraíba. O corpus é constituído por um conjunto de depoimentos de licenciandos matriculados nos períodos compreendidos entre o 3°, 5°, 6°, 7° e 9°. Os resultados indicam a incidência da representação de escrita acadêmica como forma de inserção nas práticas letradas requisitadas no curso, a partir dos depoimentos dos informantes, na qual se constitui de três evidências, a saber: escrita acadêmica fundamentada; escrita acadêmica orientada e escrita acadêmica normatizada. Essa representação de escrita contribui para a formação acadêmica e para a identidade profissional do graduando em Letras.Descargas
Citas
BAKHTIN, M. Os gêneros do discurso. In. ______. Estética da criação verbal. Tradução de: BEZERRA, P. São Paulo: Martins Fontes, 2010.
BEZERRA, L. de M. D. A produção de texto o ensino superior: o trabalho com a reescrita. In: Simpósio Internacional de Estudos de Gêneros Textuais – VI SIGET, 2011, Rio Grande do Norte. Anais eletrônicos. Rio Grande do Norte: UFRN, 2011. Disponível em: . Acesso em: 27/12/2015.
BORTONI-RICARDO, S. M. O professor pesquisador: introdução à pesquisa quantitativa. São Paulo: Parábola. 2008.
BRITTO, L. A. Retextualização, formas remissivas e (des)construção de sentidos na produção de textos acadêmicos. 2015. 156 F. Tese (Doutorado Em Letras), Universidade Do Estado Do Rio De Janeiro, Rio De Janeiro. 2015.
BRONCKART, J.P. Quadro e questionamento epistemológicos. In.: ______. Atividade de linguagem, textos e discursos: por um interacionismo sociodiscursivo. 2ª Ed. São Paulo: EDUC, 2012 [1999]. P. 21-67.
CORRÊA, M. L. G. As perspectivas etnográfica e discursiva no ensino da escrita: o exemplo de textos pré-universitários. Revista da ABRALIN, v. Eletrônico, n. Especial, p. 333-356. 2ª parte, 2011.
DORSA, A. C.; CASTILHO, M. A. de. O texto acadêmico e suas convergências e o papel do professor na sua prática docente. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS DE GÊNEROS TEXTUAIS – VI SIGET, 2011, Rio Grande do Norte. Anais eletrônicos. Rio Grande do Norte: UFRN, 2011. Disponível em: . Acesso em: 27/12/2015.
FARR, R. M. Representações sociais: a teoria e sua história. In.: JOVCHELOVICTH, Sandra; GUARESCHI, Pedrinho (Orgs.). Textos em representações sociais. Petrópolis, RJ: Vozes, 1994. p. 31-59.
FERREIRA, E. C. A. Desenvolvimento da escrita na academia: investigação longitudinal do percurso de licenciandos em Letras. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Linguagem e Ensino), Campina Grande, 2014.
FIAD, R. S. A escrita na universidade. Revista da ABRALIN, v. Eletrônico, n. Especial, 2011, p. 357-369.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1994.
HEMAIS, B.; BIASI-RODRIGUES, B. A proposta sociorretórica de John M. Swales para o estudo de gêneros textuais. In: MEURER, J.L.; BONINI, A.; MOTTA-ROTH, D. (Orgs.). Gêneros: teorias, métodos, debates. São Paulo: Parábola, 2005.
HOFFNAGEL, J. C. Temas em antropologia e linguística. Recife: Bagaço, 2010.
LIBERALI, F. C; MAGALHÃES, M. C. C; ROMERO, T. R. DE S. Autobiografia, diário e sessão reflexiva: atividades na formação crítco-reflexiva de professores. In.: BARBARA, L; RAMOS, R. DE C. G. R. (Ogs). Reflexão e ações no ensino-aprendizagem de línguas. São Paulo: Mercado das letras,2003, p. 103-129.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In.: DIONISIO, Angela Paiva; MACHADO, Anna Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora. Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Parábola, 2010. p. 19-38.
______. Análise da conversação. 5. ed. São Paulo: Ática, 2001.
MACHADO, AR.; CRISTÓVÃO, V. L. L. A construção de modelos didáticos de gêneros: aporte e questionamentos para o ensino de gênero. Linguagem em (Dis)curso, n. 6/Especial, p. 547-573, 2006. Disponível em: . Acesso em: 27/12/2015.
MACHADO, A. R.; LOUSADA, E. G.; ABREU-TARDELLI, L. S. LOUSADA, Eliane; ABREU-TARDELLI, Lília Santos. Resumo. São Paulo: Parábola, 2004.
MENEGASSI, R. J; OHUSCHI, M. C. G. O aprender a ensinar a escrita no curso de letras. Atos de pesquisa em educação. PPGE/ME. FURB. v. 2, nº 2, Maio/Ago. 2007.
MICCOLI, L. A. Pesquisa experiencial em contextos de aprendizagem: uma abordagem em evolução. São Paulo: Pontes, 2014.
MOSCOVICI, S. Representações Sociais: investigações em psicologia social. 10. Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013 [1961]. p. 29-109.
MOTTA-ROTH, D; HENDGES, G. R. Produção textual na universidade. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.
______. O ensino de produção textual com base em atividades sociais e gêneros textuais. In: Linguagem em (Dis)curso – LemD, v. 6, n. 3, p. 495-517, set./dez. Tubarão, 2006.
NASCIMENTO, I. P. Articulações sobre o campo das representações sociais. In.: ORNELLAS, Maria de Lourdes. Representações sociais e educação: letras imagéticas. Salvador: EDUFBA, 2013. p. 35-58.
OLIVEIRA, H. A . G. O graduando de Letras e a escrita: entre representações e vozes como espaço de ação discursiva. 2016. 1168 f. Dissertação (Mestrado em LINGUAGEM E ENSINO). UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE, Campina Grande. 2016.
OLIVEIRA, E. F. Letramento acadêmico: principais abordagens sobre a escrita dos alunos no ensino superior. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS DE GÊNEROS TEXTUAIS – VI SIGET, 2011, Rio Grande do Norte. Anais eletrônicos. Rio Grande do Norte: UFRN, 2011. Disponível em: . Acesso em: 27/12/2015.
PASQUOTTE-VIEIRA, E. A. Letramentos Acadêmicos (re)significações (re)posicionamentos de sujeitos discursivos. 2015. Tese de doutorado, UNICAMP, Campinas, SP. 2015.
PEIXOTO, R. A. J. R.; PINTO, A. P. P. O gênero resenha crítica no âmbito acadêmico: um estudo de caso. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS DE GÊNEROS TEXTUAIS – VI SIGET, 2011, Rio Grande do Norte. Anais eletrônicos. Rio Grande do Norte: UFRN, 2011. Disponível em: . Acesso em: 27/12/2015.
SÁ, C. P. de. Representações Sociais: o conceito e o estado atual da teoria. In.: SPINK, Mary Jane (Org.). O conhecimento no cotidiano: as representações na perspectiva da psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 1995. p. 19-45.
SANTOS, C. F. O professor e a escrita: entre práticas e representações. Tese de doutorado (Doutorado em Linguística Aplicada), Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem. Campinas, SP: [s.n.], 2004.
SILVA, A. V. L. da. O gênero exposição oral acadêmica: práticas de leitura e de escrita. In: SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESTUDOS DE GÊNEROS TEXTUAIS – VI SIGET, 2011, Rio Grande do Norte. Anais eletrônicos. Rio Grande do Norte: UFRN, 2011. Disponível em: . Acesso em: 27/12/2015.
VITÓRIA, M. I. C; CHRISTOFOLI, M. C. P. A escrita no Ensino Superior. Educação Santa Maria, v. 38, n. 1, p. 41-54, jan./abr. 2013.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.