Descobertas, percursos e transgressões: as identidades postas em xeque em insubmissas lágrimas de mulheres
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v15i38.14399Palabras clave:
Identidade. Representação. Literatura.C Conceição EvaristoResumen
RESUMO: Neste artigo, discute-se as representações das identidades insurgentes formadas em contextos sociais historicamente alicerçados em padrões patriarcais, racistas, sexistas e heteronormativos. Analisa-se, a partir dos contos “Natalina Soledad”e, “Isaltina Campo Belo”, que fazem parte obra Insubmissas Lágrimas de Mulheres (2016), de que modo essas identidades consideradas desviantes são formadas, quais os percursos percorridos para alcançar a auto-afirmação e como o projeto político-literário de Conceição Evaristo pautado na “escrevivência” contribui para o enfrentamento e resistência desses sujeitos. A metodologia aporta-se em uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, baseia-se nos estudos sobre Identidade, representação e diferença do Tomaz Tadeu da Silva (2012) e Stuart Hall (2013). A relação da literatura e identidade perpassa pelo estudo de Zilá Bernd (2003). Além desses estudiosos, tem-se as contribuições Audre Lorde (2019) e Bell Hooks (2020). A escrevivência constrói formas de afirmação identitária, na medida em que os contos convocam a reconhecer as múltiplas diferenças entre as mulheres negras. Rompe com os modelos de identidades pautados na opressão, deslocando-as para que novas identidades emergentes sejam construídas através da transgressão, luta e resistência.
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