A importância do uso de autores dos estudos da linguagem nas referências bibliográficas dos trabalhos sobre alfabetização científica e letramento científico
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v12i30.9379Keywords:
Alfabetização científica. Ensino de ciências. Ensino de línguas. Estudos da linguagem. Letramento científico.Abstract
O termo “letramento” começou a se difundir no Brasil nos campos da linguística aplicada e do ensino de línguas a partir dos anos 1980. Entre os trabalhos acadêmicos brasileiros que tratam do tema que ficou conhecido internacionalmente como “scientifc literacy”, a maioria é do campo do ensino de ciências e alguns são da comunicação ou dos estudos da linguagem. Ainda predomina nesses trabalhos o uso da expressão “alfabetização científica”, mas tem sido crescente o número de pesquisas que tratam de “letramento científco”. Como se trata da apropriação que a área de ensino de ciências faz de conceitos de outra área do conhecimento, buscou-se aqui verifcar o quanto os trabalhos sobre “alfabetização científica” e sobre “letramento científico” se apoiam em autores dos estudos da linguagem em suas referências bibliográficas. Esta pesquisa mostra que o uso de autores dos estudos da linguagem é bem maior nos trabalhos sobre “letramento científico”.Downloads
References
AMARAL, Carmem Lúcia Costa; XAVIER, Eduardo da Silva; MACIEL, Maria De Lourdes. Abordagem das relações ciência/tecnologia/sociedade nos conteúdos de funções orgânicas em livros didáticos de química do ensino médio. Investigações em Ensino de Ciências, v. 14(1), p. 101-114, 2009.
CHASSOT, Atico. Alfabetização científca: uma possibilidade para a inclusão social. Revista Brasileira de Educação, v. 8, n. 22, p. 89-100, jan./abr. 2003.
CUNHA, Rodrigo Bastos. Os trabalhos sobre alfabetização e letramento científico: o diálogo com os estudos da linguagem na apropriação de conceitos por pesquisadores do ensino de ciências. In: Reunião Anual da SBPC, 2015. Anais da 67ª Reunião Anual da SBPC, São Carlos (SP), 2015. Disponível em: http://www.sbpcnet.org.br/livro/67ra/resumos/resumos/3874_1f0b7cf b168400a0649e3057aca8186.pdf. Acesso em: 14 jun. 2017.
CUNHA, Rodrigo Bastos. Alfabetização ou letramento científico? Interesses envolvidos nas interpretações da noção de scientific literacy. Revista Brasileira de Educação, v. 22, n. 68, p. 169-186, jan./mar. 2017.
KLEIMAN, Angela Bustos. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: ______. (Org). Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas: Mercado de Letras, 1995. p. 15-61.
LORENZZETI, Leonir; DELIZOICOV, Demétrio. Alfabetização científica no contexto das séries iniciais. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências, v. 3, n. 1, p. 1-17, jun. 2001.
NORRIS, Stephen P.; PHILLIPS, Linda M. How literacy in its fundamental sense is central to scientific literacy. Science Education n. 87, p. 224-240, 2003.
POSSENTI, Sírio. A leitura errada existe. In: BARZOTTO, V. H. Estado de leitura. Campinas (SP): Mercado de Letras, 1999, p. 169-178.
SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Educação científica na perspectiva de letramento como prática social: funções, princípios e desafios. Revista Brasileira de Educação, v. 12, n. 36, p. 474-550, set./dez. 2007.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. Unidades de leitura – trilogia pedagógica. Campinas (SP): Autores Associados, 2003.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. Uma reflexão sobre o ato de ler. 1979. Tese (Doutorado em Educação) Faculdade de Educação, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP), São Paulo, 1979.
SOARES, Adriana Gonçalves; COUTINHO, Francisco Ângelo. Leitura, discussão e produção de textos como recurso didático para o ensino de biologia. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, v. 9, n. 2, p. 1-22, 2009.
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 1998.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.