O corpo como uma declaração de guerra: pensando os limites da identidade enquanto categoria de análise
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v12i31.8381Palavras-chave:
Identidades. Diferenças. Corpo-dispositivo. Biopoder. Necropolítica.Resumo
Rasuras e borrões são marcas presentes nos sujeitos da pós-modernidade, dessa forma, fissuras a um pensamento Moderno são realizadas e suas consequências são sentidas na pluralidade das suas ações. Tomando o corpo como um locus central de análise, neste trabalho escavamos uma ordem discursiva que ao identificar o corpo, tão logo encerra um gradiente de possibilidades através da canalização do desejo. Para tal, recorremos a teóricas e teóricos Pós-Coloniais e Queer, por meio de uma abordagem pós-estruturalista. Pensar os limites da identidade enquanto categoria de análise é, pois, ensaiar uma política da diferença que reflita sobre os fluxos sem interrompê-los ou interditá-los e, sobretudo, sem ignorar a dinâmica material da violência distribuída sobre os corpos que operam fora da lógica hegemônica, isto é, corpos racializados, dissidentes sexuais e desobedientes de gênero.Downloads
Referências
ARAGÃO, Rafel. O homem é desse mundo: para entender a masculinidade como processo histórico. In.: Leandro Colling e Djalma Trürler (Orgs.) Estudos e política do CUS – Grupo de Pesquisa Cultura e Sexualidade. Salvador: EDUFBA, 2013. pp. 341 – 370.
BENTO, Berenice. Política da diferença: feminismos e transexualidade. In.: Leandro Colling (org.) Stonewall 40 + o que no Brasil? Salvador: EDUFBA, 2011. pp. 79 – 110.
CONNELL, ROBERT W. La organización social de la masculinidade. In.: Teresa Valdés e José Olavarría (Orgs.) Masculinidad/es, poder y crisis. Santiago de Chile: Flacso, 1997. pp. 31 – 48.
DELEUZE, Gilles. Conversações. Rio de Janeiro: Ed.34, 1992.
EVARISTO, Conceição. Ana Davenga. In.: Olhos d’água. Rio de Janeiro: Pallas: Fundação Biblioteca Nacional, 2015. pp. 21 – 30.
FAUSTINO, Davison. O pênis sem falo: algumas reflexões sobre homens negros, masculinidades e racismo. In.: Feminismos e masculinidades: novos caminhos para enfrentar a violência contra a mulher. (Org.) Eva Alterman Blay. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014, pp. 75 – 104.
FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. 4. ed. São Paulo: Loyola, 1998.
FOUCAULT, Michel. Arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002.
FOUCAULT, Michel. O corpo utópico, as heterotopias. São Paulo: Edições n-1, 2013.
HALL, Stuart. Identidades culturais na pós-modernidade. Rio de Janeiro: DP&A, 1997.
HALL, Stuart. Quem precisa de Identidade? In.: SILVA, Tomaz Tadeu. Identidade e diferença: a perspectiva dos Estudos Culturais. Petrópolis: Vozes, 2000. pp. 103 – 133.
PRECIADO, Paul Beatriz. ¿La muerte de la clínica? Youtube, 7 de abril de 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4aRrZZbFmBs&t=630s. Acesso em: 30 de abril de 2018.
ROLNIK, Suely. Cartografia Sentimental: transformações contemporâneas do desejo. Porto Alegre: Sulina; Ed. da UFRGS, 2006.
SANDER, Jardel. Corpo-dispositivo: cultura, subjetividade e criação artística. ArtCultura: Uberlândia, vol. 13, n. 23, pp. 129 – 142, jul./dez., 2014.
SEFFNER, Fernando; SILVA, Luciano F. da. Canetas coloridas ou mini-skates? Coisas de meninas e coisas de meninos na cultura escolar. MÉTIS: história e cultura. vol. 13, n. 26, pp. 31 – 60, jul./dez., 2014.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.