O que pode um corpo-marcado na escola?
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v12i31.8352Palavras-chave:
Filosofias da diferença. Cartografia. Marcas. Narrativa. Educação matemática.Resumo
Este artigo anuncia e enuncia o conceito de corpo-marcado, para lançar luz a marcas que podem se concretizar nos corpos em meio a diferentes dispositivos. Em especial, debruça-se sobre o dispositivo Escola e professores que nela ensinam para refletir sobre o tema “corpo e educação”, propondo-se a pensar O que pode um corpomarcado na Escola? Como mobilizar e produzir marcas outras para aumentar a potência de agir? Para isso, assumiu uma prática cartográfica para produzir um mapa que pudesse expor, fraturar e problematizar as relações de poder que se constituem, a partir de uma experiência sensível com um grupo de professores, em meio a dois espaços de encontros, o primeiro organizado pela própria escola, o segundo pela primeira autora deste artigo. A produção do artigo assumiu uma política de escrita híbrida, em que línguas espanhola e portuguesa fazem parte de uma mesma composição, por entender que essa forma daria vazão aos afetos que pediam passagem. Como resultado, dá a ver o corpo-marcado como constituído junto a narrativas da modernidade com marcas que podem ser utilizadas de modo a transgredi-las, ao pensá-lo como um epicentro da experiência e, assim, potenciar marcas outras, que permitam a existência e o fluxo das diferenças.Downloads
Referências
AMARIS, P. J.; MIARKA, R. Escrita-Corpo-Experiência e Literatura: que pode o escrever na pesquisa?, 2018, (no prelo).
AUGÉ, M. Los no lugares: espacios del anonimato. Barcelona: Gedisa, 1993.
BRASIL. Plano Nacional de Educação (2015). Disponível em: http://pne.mec.gov.br/images/pdf/pne_conhecendo_20_metas.pdf. Acesso em: 12 Março. 2015.
CERTEAU, M. La invencion de lo cotidiano. Universidad iberoamericana A. C: Mexico, 2007.
CORTÁZAR, J. Rayuela. Buenos Aires: Alfaguara, 2015. 626 p.
COUTO, M. Antes de nascer o mundo. São Paulo: companhia das letras, 2009. 277 p.
D’AMBROSIO, U. Sociedade, cultura, matemática e seu ensino. Educação e Pesquisa, São Paulo, v.31, n.1,p. 99-120. 2005.
DELEUZE, G. Foucault. Tradução Claudia Sant´Anna Martin. São Paulo: Editora Brasiliense, 2005.
DELEUZE, G. Diferença e Repetição. 2. ed. revis. e atual. Tradução L. Orlandi; R. Machado. São Paulo: Graal, 2006.
DELEUZE, G. Proust e os signos. (A. C. Piquet & R.Machado, Trads). Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007.
DELEUZE, G. ¿Qué es un dispositivo?. In: Michael Foucault, filosofo. Barcelona: Gedisa, 1990, 155-161 p. Tradução de Wanderson Flor do Nascimento. In:http://escolanomade.org/pensadores-textos-e-videos/.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs - Capitalismo e Esquizofrenia. V.1. Rio de Janeiro: Ed.34, 1995.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil Platôs: capitalismo e esquizofrenia. Tradução Peter Pál Pelbart ; Janice Caiafa. V. 5. Rio de Janeiro: Editora 34, 1997.
DELEUZE, G; PARNET, C. Diálogos. Tradução E.A. Ribeiro. São Paulo: Escuta,1998.
DE SOUZA, A.C.C. O que pode a Educação Matemática? In: Linha Mestra (Associação de Leitura do Brasil). v.28, p.211-215, 2013.
FOUCAULT, M. Vigiar e Punir. 13. ed. Petrópolis: Vozes, 1996.
FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979.
FOUCAULT, M. Hermenéutica del sujeto. Madrid: Ediciones de la piquera, 1994.
LISPECTOR, C. Água viva. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1994.
MERLEAU-PONTY, M. Olho e o Espírito. 9a edição. Lisboa: Nova veja, 2015. 80 p.
NIETZSCHE, F. A Gaia Ciência. Tradução P.C Souza. São Paulo: Companhia das Letras. 2001.
NIETZSCHE, F. Vontade de Potência. Tradução Antonio Carlos Braga, Ciro Mioranza. São Paulo: editora escala, 2010.
ORLANDI, L.B.L. Deleuze. In: PECORARO, R. (Org.), Os Filósofos – Clássicos da Filosofia. Petrópolis: Editora Puc-Rio e Editora Vozes, v.3, p. 256-279, 2009.
PASSOS, E; BARROS, R. A cartografia como método de pesquisa-intervenção. In: PASSOS, E; KASTRUP, V; ESCÓSSIA, L. (org.). Pistas do método da cartografia: pesquisa intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009. p. 17-31.
PASSOS, E; KASTRUP, V. Sobre a validação da pesquisa cartográfica: acesso à experiência, consistência e produção de efeitos. Revista Fractal, v. 25, n. 2, p. 391-414, Maio/Ago. 2013.
PELBART, P. P. Como viver só. Catálogo da 27ª Bienal de São Paulo, 2008.
RANCIÈRE, J. Política da Escrita. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. 256 p.
ROLNIK, S. Cartografia sentimental: transformações contemporâneas do desejo. São Paulo: Editora Estação Liberdade, 1989.
ROLNIK, S. Pensamento, corpo e devir Uma perspectiva ético/estético/política no trabalho acadêmico. In: Cadernos de Subjetividade. PUC/SP. SP, v.1 n. 2, p. 241-251, Set./Fev. 1993.
ROLNIK, S. Cartografia, ou de como pensar com o corpo vibrátil. 1987. Disponivel em: http://www.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/SUELY/pensarvibratil. pdf.
ROLNIK, S. À sombra da cidadania: alteridade, homem da ética e reinvenção da democracia. Boletim de Novidades, Pulsional - Centro de Psicanálise,, 1992. Disponível em: http://www.pucsp.br/nucleodesubjetividade/Textos/SUELY/homemetica.pdf. Acesso em 16 de fevereiro 2017.
SPINOZA, B. ÉTICA. Demostrada según el orden geométrico. Madrid: Editora Nacional, 1980.
VIGNALE, S. Prefacio para uma política de la escritura. In: CALLAI, C; RIBETTO, A. (Org). Uma outra escrita acadêmica: Ensaios, Experiências e invenções. Rio de Janeiro: Lamparina, 2016.p. 68-75.
VILELA, E. Do corpo Equívoco. Braga/Coimbra: Angelus Novus, 1998.
VILELA, E. Silêncios tangíveis. Corpo, resistência e testemunho nos espaços contemporâneos de abandono. Porto: Edições Afrontamento, 2010.
VILELA, E. Michel Foucault, uma filosofia analítica do poder: marcas, sinais e traços do silencio. In: CLARETO, S; FERRARI, A. (Org). Foucault, Deleuze & Educação. Juiz de Fora: Editora UFJF, 2013. p. 81-104.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.