Conceitos de Geometria Plana para uma educação antirracista na 1ª Série do Ensino Médio: a Geometria na arte e na cultura dos penteados afro-brasileiros

Geometría en el arte y la cultura de los peinados afrobrasileños

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/tangram.v7i1.17602

Palavras-chave:

Ensino de Geometria. Educação Antirracista. Aprendizagem Baseada em Projetos.

Resumo

Este trabalho objetivou-se na promoção da formação humanizadora com possibilidades do ensino dos conhecimentos básicos de Geometria relacionados à temática dos penteados, da cultura afro-brasileira e de sua história, na intenção de melhorar os resultados e proporcionar o ensino mais dinâmico da Matemática com a Aprendizagem Baseada em Projetos. Com os fundamentos da Pedagogia histórico-crítica, foi possível desenvolver o contexto histórico e cultural dos estudantes e possibilitar o direcionamento na promoção de uma educação antirracista. O tema surgiu da observação dos penteados e trançados que alguns estudantes gostam de fazer nos cabelos e estes foram associados aos conceitos trabalhados com 69 estudantes em turmas da 1ª série do Ensino Médio de uma escola da rede estadual de ensino do Estado de Alagoas. Diante da proposta, trata-se de uma pesquisa qualitativa com enfoque em pesquisa-formação multirreferencial. Como resultados, foi identificado maior engajamento dos praticantes e uma melhoria nos rendimentos quando comparados aos rendimentos anteriores à proposta; tal aspecto foi verificado por meio da análise dos dados obtidos nas narrativas e nas produções dos praticantes culturais que permitiram a construção do conhecimento em todo o processo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Viviane, Universidade Federal de Alagoas

Possui doutorado em Educação Matemática e pós-doutorado na área de História das Ciências pela Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" (Unesp), mestrado em Matemática e licenciatura em Matemática pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal). É professora efetiva no Instituto de Matemática da Ufal, coordenadora do projeto de extensão "Sem mais nem menos" da UFAL, coordenadora nacional do Mestrado Profissional em Rede Nacional (Profmat), docente no Profmat-Ufal e no Mestrado em Ensino de Ciências e Matemática, editora-adjunta da Coleção História da Matemática da Sociedade Brasileira de Matemática e líder do Grupo de Pesquisa "História da Matemática e Educação Matemática" da Ufal. Tem experiência na área de Matemática, com ênfase em História da Matemática, História da Educação Matemática, Educação Matemática e Ensino de Matemática.

Referências

Alves, V. B. de A. (2014). O FILÉ: arte e cultura no Pontal da Barra em Maceió (Brasil) e em Margaride (Felgueiras – Portugal): coleta de informação e preservação da memória. Páginas a&b: Arquivos E Bibliotecas, 130–137. Recuperado em 01 de março 2024, de https://ojs.letras.up.pt/index.php/paginasaeb/article/view/605

Anjos, R. E. dos, & Duarte, N. (2016). Adolescência inicial: comunicação íntima pessoal, atividade de estudo e formação de conceitos. Pp. 195-220. (Cap.9). In: Martins, L. M., Abrantes, A. A., & Facci, M.G.D. (org.s) (2016). Periodização histórico-cultural do desenvolvimento psíquico: do nascimento à velhice. Campinas: Autores Associados.

Asbahr, F. da S. F. (2016). Idade escolar e atividade de estudo: educação, ensino e apropriação dos sistemas conceituais. Pp. 171-192. (Cap.8). In: Martins, L. M., Abrantes, A. A., & Facci, M.G.D. (org.s) (2016). Periodização histórico-cultural do desenvolvimento psíquico: do nascimento à velhice. Campinas: Autores Associados.

Baculejo. (2009-2003). Dicionário Online de Português. Recuperado em 02 de março 2023, de https://www.dicio.com.br/baculejo/

Bender, W. N. (2014). Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI. Tradução: Fernando de Siqueira Rodrigues; revisão técnica: Maria da Graça Souza Horn. Porto Alegre: Penso.

Brasil. (2018). Base Nacional Comum Curricular. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica: Brasília. Recuperado em 01 de março de 2024, de http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.

Brasil. (2008). Lei nº 11.645, de 10 março de 2008. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Diário Oficial da União: Brasília. Recuperado em 01 de março de 2024, de https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11645.htm.

D’Ambrosio, U. (1990). Etnomatemática. São Paulo: SP: Editora Ática.

Duarte, N. (1984). O ensino da matemática para alfabetizandos adultos (aspectos de uma metodologia em elaboração). Programa de Educação de Adultos. UFSCar. São Carlos. Recuperado em 01 de março 2024, de http://forumeja.org.br/sites/forumeja.org.br/files/o-ensino-da-matematica-para-alfabetizandos-adultos-()-newton-duarte.pdf .

Elkonin, D. B. (1987). Sobre el problema de la periodización del desarrollo psíquico en la infancia. En V. Davidov. & M. Shuare. (Orgs.). La psicologia evolutiva e pedagógica en la URSS. URSS: Progresso.

Gama, C. N. (2022). Categorias fundamentais de soluções acerca da relação entre desenvolvimento e aprendizagem. Power Point de apoio à disciplina Educação Escolar e Desenvolvimento Humano, lecionada pelo PPGECIM/ UFAL.

Gamboa, S. A. S. (2003). Pesquisa qualitativa: superando tecnicismo e falsos dualismos. Itajaí: Contrapontos. vol.3 - n.3 - p. 393-405, 2003. Recuperado em 01 de março 2024, de https://periodicos.univali.br/index.php/rc/article/view/735.

Giardinetto, J. R. B. (2020). Pedagogia histórico-crítica e educação matemática: a utilização de categorias do materialismo histórico-dialético como subsídio para o processo de ensino. Debates em Educação, [S. l.], v. 12, n. 26, p. 211 - 224. Recuperado em 03 de março 2024, de https://www.seer.ufal.br/index.php/debateseducacao/article/view/7280

Hernández, F. (1998). Transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho. Tradução: Jussara Haubert Rodrigues; revisão técnica: Maria da Graça Souza Horn. Porto Alegre: Artmed.

Herrera, I. L. (2016). Matemática - Grupo de trabalho. Proposta pedagógica para a Educação Infantil do Sistema Municipal de Ensino de Bauru/SP [recurso eletrônico]. In: Pasqualini, J. C., & Tsuhako, Y. N.(org.s) (2016). Bauru: Secretaria Municipal de Educação. Recuperado em 03 de março 2024, de https://www2.bauru.sp.gov.br/arquivos/arquivos_site/sec_educacao/proposta_pedagogica_educacao_infantil.pdf .

Santos, D. M., & Leal, N. M. (2018). A pedagogia de projetos e sua relevância como práxis pedagógica e instrumento de avaliação inovadora no processo de ensino aprendizagem. Revista Científica da FASETE. Recuperado em 03 de março de 2024, de https://www.unirios.edu.br/revistarios/media/revistas/2018/19/a_pedagogia_de_projetos_e_sua_relevancia_como_praxis_pedagogica_e_instrumento_de_avaliacao_inovadora.pdf

Santos, E. (2019). Pesquisa-formação na cibercultura. Teresina: EDUFPI.

Santos, E., & Weber, A. (2018). Diários online, cibercultura e pesquisa-formação multirreferencial. In: Santos, E., & Caputo, S. G. Pierre. (org.s.) (2018). Diário de pesquisa na cibercultura: narrativas multirreferenciais com os cotidianos. Rio de Janeiro: Omodê, p. 23-45.

Santos, M. C. dos. (2021). Níveis de elementos potencialmente tóxicos na água e no sururu da lagoa Mundaú (Alagoas, Brasil) : contaminação ambiental e potencial exposição à saúde humana / Mayara Costa dos Santos. Recuperado em 03 de março 2024, de http://www.repositorio.ufal.br/jspui/handle/123456789/8805

Saviani, D. (2011). Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 11ª.edi. rev. Campinas, São Paulo: Autores Associados.

Saviani, D. (2015). Sobre a natureza e especificidade da educação. Germinal: Marxismo e Educação em Debate, Salvador, v. 7, n. 1, p. 286-293. Recuperado em 01 de março de 2024, de

https://periodicos.ufba.br/index.php/revistagerminal/article/view/13575

Schneider, F. C.; & Schneider, C. C. (2021). Escola para Todos: promovendo uma educação antirracista – Planos de aula comentados. Fundação Telefônica Vivo (org.) (2021). São Paulo: Fundação Telefônica Vivo. ISBN: 9786500299106.

Schneider, C. C., Silva, D. C. S. da, & Schneider, F. C. (2021). Por uma nova ambiência para a igualdade racial. Escola para Todos: promovendo uma educação antirracista – Planos de aula comentados. Fundação Telefônica Vivo (org.) (2021). São Paulo: Fundação Telefônica Vivo. ISBN: 9786500299106.

Schucman, L. V. (2010). Racismo e antirracismo: a categoria raça em questão. Revista Psicologia Política, São Paulo, v. 10, n. 19, p. 41-55. Recuperado em 01 de março de 2024, em http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rpp/v10n19/v10n19a05.pdf.

Silva, M. A. B. da. (2021). Educação antirracista no contexto político e acadêmico: tensões e deslocamentos. Educação e Pesquisa [online]. v. 47. Recuperado em 01 de março de 2024, em https://doi.org/10.1590/S1678-4634202147226218 .

Downloads

Publicado

2024-03-30

Como Citar

Siqueira de Macêdo Nobre, C., & Santos, V. de O. (2024). Conceitos de Geometria Plana para uma educação antirracista na 1ª Série do Ensino Médio: a Geometria na arte e na cultura dos penteados afro-brasileiros: Geometría en el arte y la cultura de los peinados afrobrasileños. TANGRAM - Revista De Educação Matemática, 7(1), 42–64. https://doi.org/10.30612/tangram.v7i1.17602

Edição

Seção

Artigos