Reflexões sobre Tanatologia: uma análise de “O homem que enxergava a morte”

AN ANALYSIS OF “O HOMEM QUE ENXERGAVA A MORTE”

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v16i41.16087

Palavras-chave:

Tanatologia, Ensino em Saúde, Literatura, Humanização, Folclore

Resumo

“O homem que enxergava a Morte” é um texto narrativo que faz parte da coletânea Contos de Enganar a Morte, de Ricardo Azevedo. Inspirada no folclore, a história conta as aventuras de um homem muito pobre que escolheu a morte como madrinha de seu filho e que teria a possibilidade de vê-la em determinadas situações. O objetivo desta pesquisa foi analisar como o estudo do conto permite a compreensão de questões que envolvem a tanatologia, entendendo que a literatura é um fenômeno capaz de expressar significados em relação ao processo de morte e morrer. O método utilizado para análise foi de natureza qualitativa, baseado em estudos bibliográficos. A análise dos resultados teve como premissa questões que envolvem a tanatopedagogia, com base na proposta de Grzybowski (2014). Conclui-se que o texto literário é um elemento importante para discutir questões relacionadas ao processo de morte e morrer, sendo possível utilizá-lo como recurso pedagógico para abordar essas questões e potencializar reflexões e debates sobre o assunto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gustavo Bocon Lopes, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Aluno do curso de Graduação em Enfermagem, da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Bolsista de Iniciação Científica CNPq.

Marcia Maria Medeiros, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Mestre em História pela PUCRS, Doutora em Letras pela UEL. Docente da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Trabalha com pesquisas na área de História Cultural, sendo seu foco de estudos as questões envolvendo a literatura medieval.

Luiz Alberto Ruiz da Silva, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Mestre em Ensino em Saúde. Professor do Centro Universitário da Grande Dourados.

Referências

ALBERTI, V. O riso e o risível na história do pensamento. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

AGOSTINHO. A instrução dos catecúmenos. Petrópolis: Vozes, 2005

ARIÈS, P. História da morte no Ocidente. Rio de Janeiro; Ediouro, 2003.

AZEVEDO, R. Contos de enganar a morte. São Paulo: Ática, 2003.

AZEVEDO, R. Site Oficial. Disponível em: <http://www.ricardoazevedo.com.br/ricardo-azevedo/ Acesso em: 03 jan. 2021.

AZEVEDO, R. Cultura Popular, literatura e padrões culturais. 2008, 21 p. Disponível em: <http://www.ricardoazevedo.com.br/artigos/>. Acesso em: 03 jan. 2021.

AZEVEDO, R. Conto Popular, literatura e formação de leitores. 2007, 08 p. Disponível em: <http://www.ricardoazevedo.com.br/artigos/>. Acesso em: 04 jan. 2021.

BRUNEL, P. Dicionário de mitos literários. 3 ed, Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.

DASTUR, F. A morte: ensaio sobre a finitude. Rio de Janeiro: Difel, 2002.

FERREIRA, E. A. G. R.; BULHÕES, R. M. As raízes populares na produção literária infantil e seus impactos no leitor: análise da obra "Contos de enganar a morte”, de Ricardo Azevedo. Elos: Revista de Literatura Infantil e Xuvenil, s/v, n. 4, p. 79-82, 2017.

GRZYBOWSKI, P. P. Tanatopedagogia. SANTOS, F. S., SCHLIEMAN, A. L., SOLANO, J. P. C. (orgs). Tratado Brasileiro sobre perdas e luto, São Paulo: Atheneu Editora, 2014a, p. 315-326.

GRZYBOWSKI, P. P. O Doente, o sofrimento e a morte como estranhos. SANTOS, F. S., SCHLIEMAN, A. L., SOLANO, J. P. C. (orgs). Tratado Brasileiro sobre perdas e luto, São Paulo: Atheneu Editora, 2014b, p. 13-27.

INCONTRI, D. A morte e o luto, a criança e a escola – é possível integrar essas questões em uma educação desintegrada. SANTOS, F. S., SCHLIEMAN, A. L., SOLANO, J. P. C. (orgs). Tratado Brasileiro sobre perdas e luto, São Paulo: Atheneu Editora, 2014, p. 341-345.

KOVÁCS, M. J. Morte no processo do desenvolvimento humano. A criança e o adolescente diante da morte. KOVÁCS, M. J. Morte e Desenvolvimento Humano. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010, p. 49-58.

KÜBLER-ROSS, E. Sobre a Morte e o Morrer. 9 ed, São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2008.

MEDEIROS, M. M. Concepções historiográficas sobre a morte e o morrer: comparações entre a ars moriendi medieval e o mundo contemporâneo. Outros Tempos (Dossiê Religião e Religiosidade). 2008; v. 6, n. 5, p. 152-172, 2008

MENEZES, A. N., MEDEIROS, M. M. Dicionário Crítico de Tanatologia. Dourados: Editora da UEMS, 2020.

OLIVEIRA, B. T. G. M., MEDEIROS, M. M. Por que, quando e como falar sobre a morte na escola: material de apoio ao (à) professor (a) dos anos iniciais do ensino fundamental. Dourados: Editora da UEMS, 2017.

SANTOS, F. S. Tanatologia – A ciência da educação para a vida. SANTOS, F. S. (org). Cuidados Paliativos: discutindo a vida, a morte e o morrer. São Paulo: Atheneu, 2009.

VALENZUELA, S. T. O conto “A quase morte de Zé Malandro” de Ricardo Azevedo: a literatura infantil e juvenil e o cordel. Signótica, v. 33, s/n, p. 1-25, 2021. Disponível em: <https://www.revistas.ufg.br/sig/article/view/64817/36889>. Acesso em: 03 jan. 2022.

Downloads

Publicado

15.12.2022

Como Citar

Lopes, G. B., Medeiros, M. M., & Silva, L. A. R. da. (2022). Reflexões sobre Tanatologia: uma análise de “O homem que enxergava a morte”: AN ANALYSIS OF “O HOMEM QUE ENXERGAVA A MORTE”. Raído, 16(41), 224–239. https://doi.org/10.30612/raido.v16i41.16087

Edição

Seção

Cinema e Literatura: práticas poéticas