Marcas do genocídio na Literatura de resistência de mulheres indígenas de Abya Yala

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v15i38.14865

Palavras-chave:

Resistência. Genocídio. Literaturas. Indígenas.

Resumo

Este artigo aborda as marcas do genocídio presentes em textos literários de autoria de mulheres indígenas de Abya Yala, como se convencionou designar o continente americano pelos povos originários. Inicialmente, apresentamos um breve panorama contextual sobre as questões referentes ao genocídio dos povos originários desde a invasão dos europeus no período da colonização e como este fato histórico nos conduz até a contemporaneidade, em que as colonialidades se fazem presente em diversos âmbitos. Também traçamos alguns apontamentos das literaturas de resistência de autoria de mulheres indígenas, para na sequência final analisarmos as escrituras de seis autoras das etnias Mapuche, Potiguara e Maya, sob a ótica da análise literária identificando as nuances das palavras que representam o genocídio indígena através dessas vozes femininas.

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Biografia do Autor

Larissa Fontinele de Alencar, Universidade Federal do Pará

Doutoranda em Estudos literários pela Universidade Federal do Pará (PPGL-UFPA) (Ano: 2018-2022)

Tânia Maria Sarmento-Pantoja, Universidade Federal do Pará

Professora Associada II da Universidade Federal do Pará atuando na Graduação e na Pós-Graduação.

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Publicado

17.12.2021

Como Citar

Alencar, L. F. de, & Sarmento-Pantoja, T. M. (2021). Marcas do genocídio na Literatura de resistência de mulheres indígenas de Abya Yala. Raído, 15(38). https://doi.org/10.30612/raido.v15i38.14865

Edição

Seção

Poetas latino-americanas: vozes líricas femininas, interculturalidade e resistência