A trajetória emancipatória do cabelo crespo: racismo, “boa aparência”, transição capilar e a afirmação da identidade negra

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v15i37.14640

Palavras-chave:

Beleza. Cabelo crespo. Identidade negra. Consumo.

Resumo

O presente artigo tem como finalidade apresentar como o discurso da beleza produziu estereótipos sobre o cabelo crespo. Além disso, buscamos mostrar a importância da aparência e do cabelo nas relações sociais e raciais, bem como, discutir como a indústria da beleza pode manipular as identidades negras. A metodologia escolhida foi à pesquisa bibliográfica do tipo qualitativa. Tivemos como aporte teórico, autores como: Braga (2015), Gomes (2019), Figueiredo (2002) e etc. Com o estudo concluímos que o uso do cabelo crespo ou cacheado pode ser um meio de afirmação identitária em oposição às diversas formas de manipulação da identidade negra. 

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Publicado

28.07.2021

Como Citar

Aguiar, J. F. de, & Costa, C. S. da. (2021). A trajetória emancipatória do cabelo crespo: racismo, “boa aparência”, transição capilar e a afirmação da identidade negra. Raído, 15(37), 51–68. https://doi.org/10.30612/raido.v15i37.14640

Edição

Seção

Relações étnico-raciais, branquitude e os efeitos de sentido