Virgílio Várzea: africanos, afrodescendentes e navios negreiros
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v15i37.14315Palavras-chave:
Virgílio Várzea, racismo, regionalismo, Florianópolis, Belle Époque.Resumo
Em obras do autor catarinense Virgílio Várzea (nascido em 1863 em Desterro, atual Florianópolis), há perspectivas que refletem parte da multiplicidade de ideias raciais presentes na sociedade da época, recém-saída da escravidão e buscando se consolidar como República. Em contos e no estudo Santa Catarina – a Ilha, há visões diversas, desde uma negação da presença negra na capital de Santa Catarina e uma exaltação à raça branca, até personagens afrodescendentes significativas. Analisaremos também dois contos seus que lidam com navios negreiros: um que dignifica a atividade do tráfico, e outro, versão de um poema de Heinrich Heine, que faz uso de um humor ácido para mostrar a crueldade de seus praticantes. Essas ideias, à primeira vista díspares, são reflexo de um autor versátil e questionador que se encontrava em uma sociedade ideologicamente transtornada.
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