Redes de conhecimento e representações: um estudo das coleções ornitológicas formadas por Emília Snethlage no Museu Paraense Emílio Goeldi entre 1905 e 1921
DOI:
https://doi.org/10.30612/rehr.v20i38.19057Palavras-chave:
Emília Snethlage, Amazônia, Coleções ornitológicas, Redes de conhecimento, Atores locaisResumo
O objeto de estudo do presente artigo são as coleções ornitológicas do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), formadas pela cientista alemã Emília Snethlage entre 1905 e 1921. O objetivo principal foi investigar o projeto político do governo paraense que fundamentou a construção da coleção, a inserção dessas coleções no debate científico da ornitologia no início do século XX e as redes locais de conhecimento que atuaram no trabalho de campo da naturalista. A pesquisa está situada no campo da História das Ciências. As fontes utilizadas incluem os livros de tombo da ornitologia do MPEG, relatos de viagem de Emília, correspondências, periódicos de museus e jornais. Para a interpretação das fontes, foram mobilizados os conceitos de “redes de conhecimento” e “representação”. As informações sobre o acervo de aves estão registradas nas documentações, permitindo perceber a presença de diferentes sujeitos envolvidos no colecionamento, desde indígenas até cientistas. Além disso, a pesquisa evidenciou como essas coleções circularam em nível nacional e internacional, atravessando debates eminentemente científicos e as influências do contexto social e histórico. Portanto, o trabalho abordou a construção simbólica de sentidos sobre a coleção ornitológica e pretendeu evidenciar a participação dos atores locais na construção do conhecimento científico.
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