A relação conservadora entre público e privado na Educação Especial: análise de dados censitários

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/eduf.v10i30.11858

Palavras-chave:

Educação especial. Financiamento da educação. Censo escolar

Resumo

As instituições especializadas se expandiram no Brasil devido à desresponsabilização do Estado com a educação da pessoa com deficiência, ampliando-se a participação filantrópica com o financiamento de instâncias públicas e privadas. A região metropolitana de Belo Horizonte (BH), apresenta marcos históricos na consolidação de ações filantrópicas no campo da Educação Especial. Diante disso, o objetivo desse estudo foi analisar na conjuntura recente (2007 a 2019) o financiamento das matrículas de estudantes da Educação Especial em BH. Para tanto, utilizou-se o banco de matrículas presente no censo escolar da Educação Básica disponibilizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Os resultados mostraram a ampliação das matrículas de estudantes da Educação Especial na Educação Básica, com  concentração e crescimento da deficiência intelectual. No que se refere ao financiamento, identificou-se um cenário de municipalização (48,7%)e ainda a conservação de instituições e classes especiais sob administração privada de categoria particular  e filantrópico.

 

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Publicado

2020-12-04

Como Citar

GONÇALVES, Taísa Grasiela Gomes Liduenha; TORRES, Beatriz Fonseca; NOZU, Washington Cesar Shoiti. A relação conservadora entre público e privado na Educação Especial: análise de dados censitários. Educação e Fronteiras, Dourados, v. 10, n. 30, p. 185–199, 2020. DOI: 10.30612/eduf.v10i30.11858. Disponível em: https://ojs.ufgd.edu.br/educacao/article/view/11858. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê “Neoconservadorismo e Educação: reflexões sobre justiça social, inclusão e democracia”