Perspectivas Translíngues e Transculturais em Retratos Linguísticos: os repertórios multilíngues e multiletrados nas aulas de Língua Portuguesa
DOI:
https://doi.org/10.30612/eadtde.v14i16.18925Palavras-chave:
repertórios semióticos, translinguagem, imigração, ensino de portuguêsResumo
Este artigo apresenta dados de uma pesquisa de ação desenvolvida em uma escola pública do Brasil. Partimos de um entendimento da transliguagem em um contexto que o sujeito bi/multilíngue faz uso, não de dois sistemas interdependentes e transitórios, mas sim de um sistema semiótico que integra vários recursos gramaticais às suas próprias práticas sociais de leitura e escrita (VOGEL; GARCÍA, 2017), e entendemos repertório enquanto um fenômeno vivido, dinâmico e materializado em interação e discurso (BLOMMAERT, 2010; BUSH, 2017). Por meio desse enquadre teórico, analisamos e investigamos os repertórios semióticos de alunos nas interações com colegas e professoras e também em uma atividade com retrato linguístico. Metodologicamente, os dados foram gerados por análise multimodal, envolvendo estudos dos registros escritos, desenhados e relatados. As análises mostram como alguns estudantes performam no letramento escolar com suas práticas translinguajeiras. Os discursos e eventos linguísticos que foram observados apontam para necessidade de a comunidade escolar expandir o espaço social para sujeitos trans/multilíngues nos ambientes de ensino de língua portuguesa, permitindo a compreensão do repertório linguístico completo de tais sujeitos e propiciando ações positivas de ensino e aprendizagem, onde estes se sintam seguros acerca de suas perspectivas internas de linguagem.
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