Pode Estamira falar?: o cinema documentário brasileiro e a voz do sujeito subalterno.

Autores

  • Marco Aurélio de Souza Universidade Estadual de Ponta Grossa

Palavras-chave:

Discurso subalterno. Texto fílmico. Marcos Prado.

Resumo

O artigo analisa a representação de Estamira, personagem principal no documentário homônimo de Marcos Prado, lançado em 2006, visando responder a uma questão enganosamente simples: pode Estamira falar? Para tanto, são discutidas algumas especificidades do texto fílmico ligado ao gênero documentário, bem como as contribuições teóricas de Michel Foucault e Gayatri Spivak relacionadas ao discurso do subalterno e dos homens infames. Munido de tal repertório, procuro viabilizar uma leitura da situação discursiva de Estamira em seu contexto social, problematizando a possibilidade do intelectual, aqui na figura do cineasta, de dar voz ao subalterno em um caso concreto e específico.

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Referências

Estamira. Ficha técnica: Brasil, 2006. Direção: Marcos Prado. Produção: Marcos Prado e José Padilha. Colorido, 116 min.

ANKERSMIT, Franklin Rudolf. A escrita da história: a natureza da representação histórica. Londrina: Eduel, 2012.

FOUCAULT, Michel. O que é um autor? Lisboa: Nova Vega, 2009.

LEJEUNE, Philippe. O pacto autobiográfico. De Rosseau à internet. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008.

RAMOS, Fernão Pessoa. O que é Documentário? Estudos de Cinema 2000 –

SOCINE, Porto Alegre: Sulina. p: 192-206, 2001.

SPIVAK, Gayatri Chakravorty. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte:

Editora UFMG, 2010.

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Publicado

2015-07-03

Como Citar

de Souza, M. A. (2015). Pode Estamira falar?: o cinema documentário brasileiro e a voz do sujeito subalterno. ARREDIA, 4(6), 68–79. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/arredia/article/view/3368

Edição

Seção

Artigos