O fantástico em “A noite” e “Horla”

Autores

  • Ana Luíza Duarte de Brito Drummond Universidade Federal de Minas Gerais

Palavras-chave:

Fantástico. Narrador autodiegético. Maupassant. Narrativa.

Resumo

Os contos “A noite” e “Horla”, de Guy de Maupassant, são analisados nesse estudo que visa destacar os aspectos salientes que podem ser estabelecidos na comparação dos dois, como, por exemplo, o papel do narrador, ambos autodiegéticos e ambos tomados no fim por grande pavor, a função que cada narrador exerce em sua narrativa, as diferenças bastante significativas entre os dois contos, e, além disso, a despeito dessas diferenças e sem querer reduzi-las, as semelhanças notáveis que mereceram ser destacadas. Para isso, utilizamos as teorias de Ceserani e Todorov sobre o fantástico e os estudos Genette sobre a narrativa como base à nossa argumentação que considera que em ambos os contos a dimensão do fantástico pertence à subjetividade, aspecto facilitado pela presença de narradores autodiegéticos.

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Biografia do Autor

Ana Luíza Duarte de Brito Drummond, Universidade Federal de Minas Gerais

Mestranda em Estudos Literários pela Universidade Federal de Minas Gerais. Licenciada em Língua Portuguesa e Bacharel em Estudos Literários pela Universidade Federal de Ouro Preto.

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Publicado

2015-07-03

Como Citar

Drummond, A. L. D. de B. (2015). O fantástico em “A noite” e “Horla”. ARREDIA, 4(6), 25–41. Recuperado de https://ojs.ufgd.edu.br/arredia/article/view/3342

Edição

Seção

Artigos