Compare-me ou devoro-te: tessituras entre Maria Altamira e Mulheres da Floresta
DOI:
https://doi.org/10.30612/arredia.v9i15.20007Keywords:
Ecofeminismo; Maria Altamira; Floresta.Abstract
Este estudo depreende a intersecção entre romance literário e documentário ao comparar o texto Maria Altamira (2020), de Maria José Silveira e o documentário Mulheres da Floresta (2022), contextualizados na luta das mulheres indígenas, quilombolas, negras e ribeirinhas da Amazônia contra a devastação ambiental. A pesquisa intenciona compreender como essas narrativas refletem e amplificam as vozes ecofeministas e a resistência feminina. O objetivo é explorar as representações das mulheres e suas relações com o meio ambiente nas duas narrativas. A pesquisa foi desenvolvida por meio de uma análise comparativa dos textos literários e documentais, utilizando conceitos de ecofeminismo (Brandão, 2003), literatura comparada (Carvalhal, 1986) e narrativas indígenas (Dorrico, 2018). Os resultados indicam que ambas as narrativas não apenas denunciam a exploração e a violência, mas também celebram a resistência e a resiliência das mulheres indígenas, quilombolas e ribeirinhas. Nesse contexto, entende-se que romance e documentário são instrumentos significativos para promover a informação e o debate sobre justiça coletiva e ambiental, destacando a importância da luta ecofeminista na proteção do rio Xingu e da Amazônia.
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