Memória coletiva e identidade cultural em O último voo do flamingo, de Mia Couto
DOI:
https://doi.org/10.30612/arredia.v9i15.19509Palabras clave:
Literatura africana, Memória coletiva, Identidade culturalResumen
o presente artigo é uma análise do romance O último voo do flamingo, de Mia Couto, a fim verificar a constituição identitária das personagens e como isso é vinculado à memória coletiva. O romance, que está inserido num contexto pós-guerra civil fabula uma vila fictícia como metonímia de Moçambique e propõe-se a pensar criticamente o governo local. Assim, a partir das explosões dos soldados da ONU e do processo de investigação, os personagens, envolvidos nos conflitos, possuem suas identidades deslocadas e apontam para um hibridismo cultural, principalmente o Tradutor e Massimo Risi. Os mistérios apresentados pelo enredo são permeados do insólito que é explicado através dos mitos e das crenças locais, o que recupera uma memória coletiva de Moçambique. Assim, nesse papel, Couto escolhe vários narradores para compor um mosaico cultural do país. A metodologia utilizada foi a leitura do corpus, averiguação das teorias de identidade e de memória, além de leituras complementares. Como referencial teórico foram utilizados os autores Benjamin (1987 e 1991), Ricoeur (2007) Fanon (2006), Bhabha (1998), Césaire (1978), Hall (2006) entre outros.
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Citas
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