Dramaturgia feminina nos tempos de repressão: Hilda Hilst

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v13i32.9533

Palabras clave:

Dramaturgia. Ditadura. Hilda Hilst.

Resumen

Neste artigo, propomos apresentar um breve histórico da escrita feminina no campo da dramaturgia, questionar a baixa produção de textos teatrais escritos por mulheres e divulgar a escrita dramatúrgica de Hilda Hilst no período de exceção. A pesquisa é de cunho bibliográfi co e tem aporte téorico, principalmente, em Vincenzo (1992), Araujo (2017), Pallotini (2008), Ventura (1988) e Foucault (1979). A escrita dramatúrgica de mulheres é pouco estudada no Brasil, visto que encontramos apenas uma autora que levanta a escrita de mulheres nos anos de 1960. Também observamos que escrever teatro no momento em que esta arte é reprimida pela ditadura militar, é, sem dúvida, um ato de resistência. A análise proposta aqui aponta para uma escritora que deixa sobressair múltiplas contradições, sejam elas no âmbito político da época ou pessoais. A dramaturgia de Hilda Hilst representa, assim, o anseio de uma escritora que buscava interagir com um público nem sempre preparado para os seus texto poéticos. Ao tratar de estados políticos de exceção, os textos teatrais analisados neste artigo permitem observar os efeitos na vida em sociedade.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Alexandra Santos Pinheiro, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Professora Doutora na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Citas

ABREU, Caio Fernando. Sobre a Obsena Senhora D. São Paulo, 1982. Disponível em <http://www.angelfire.com/ri/casadosol/criticacfa.html> acesso em 30 de maio de 2016.

ARAÚJO, Laura Castro de. A dramaturgia de autoria feminina: 1990 a 2005. In: XII Seminário Nacional Mulher e Literatura e do III Seminário Internacional Mulher e Literatura – Gênero, Identidade e Hibridismo Cultural, do GT Mulher e Literatura da ANPOLL (Associação Nacional de Pós-Graduação em Letras e Linguística). Bahia, Ilhéus. Universidade Estadual de Santa Cruz. ANAIS. s.d, s.n. Disponível em <http://www.uesc.br/seminariomulher/anais/PDF/LAURA%20CASTRO%20DE%20ARA%C3%9AJO.pdf> acesso em 04 de abril de 2017.

BOAL, Augusto. Teatro do oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1991. 6. ed.

BOGART, Anne. A preparação do diretor: sete ensaios sobre arte e teatro. Tradução Anna Vianna: revisão de tradução Fernando Santos. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2011.

DINIZ, Cristiano (org.). Fico Besta quando me entendem: entrevistas com Hilda Hilst São

Paulo: Globo, 2013.

FIGUEIREDO, César Alessandro. A ditadura militar no Brasil: memória e resistência da classe artística. Revista eletrônica de Ciência Política, vol.6, n.2, 2015. p. 7- 27.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Tradução de Roberto Machado. Rio de Janeiro: Edição Graal, 1979.

GERAIS, Suplemento Literário de Minas. Os dentes da Loucura, 2001. In: Fico Besta quando me entendem: entrevistas com Hilda Hilst / Cristiano Diniz (org.). São Paulo: Globo, 2013.

HILST, Hilda. Teatro completo/Hilda Hilst; posfácio Renata Pallottini. São Paulo: Globo, 2008.

HILST, Hilda. Fico besta quando me entendem: entrevistas com Hilda Hilst. Org: Cristiano Diniz. São Paulo: Globo, 2013.

MEDEIROS, Daniel. H. de. 1968: Esquina do Mundo. São Paulo: Editora Brasil, 1999. (Coleção De Olho na História).

OLIVEIRA, Leandro da Silva. Representações do corpo na obra de Hilda Hilst. Campinas, SP: [s.n], 2013.

PALLOTINI, Renata. Do Teatro. In: HILST, Hilda. Teatro Completo. São Paulo: Globo, 2008.

SÍMBOLOS, Dicionário de. Triângulo. Disponível em: <https://www.dicionariodesimbolos.com.br/triangulo/>, acesso em 12 de julho de 2017.

VENTURA, Zuenir. 1968: O ano que não terminou. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.

VINCENZO, Elza Cunha de. Um teatro da mulher. São Paulo: Perspectiva, 1992.

Publicado

2019-11-26

Cómo citar

Lima, J. dos S., & Pinheiro, A. S. (2019). Dramaturgia feminina nos tempos de repressão: Hilda Hilst. Raído, 13(32), 31–46. https://doi.org/10.30612/raido.v13i32.9533

Número

Sección

Literatura e estado de exceção