O fazer resistência na literatura: um mover-se dissidente por “Lampejos de esperança”
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v13i32.9513Palabras clave:
Literatura. Resistência. Estado de exceção. Política.Resumen
Este estudo propõe uma discussão a respeito das intersecções entre literatura e resistência a partir de narrativas poéticas que recriam os tempos de exceção marcados por memórias do medo e da dor e evidenciam a arte como um instrumento do resistir. Com o objetivo de explorar as imagens da resistência diante de contextos de exceção, empreendeu-se a análise de textos literários do período ditatorial brasileiro que compreendeu os anos de 1964 a 1985 e de suas reinvenções na contemporaneidade. Como procedimento teórico-metodológico, realizou-se uma pesquisa bibliográfi ca que possibilitou, a partir da noção da sobrevivência dos vaga-lumes, de Didi-Huberman, das artes de fazer táticas e estratégias, de Certeau, da estética da emergência de Laddaga e das perspectivas de estado de exceção de Agamben, ampliar as rotas de leitura dos poemas Agora não se fala mais, de Torquato Neto, Da resistência, de Lara de Lemos, as composições Cálice, de Gilberto Gil e a versão de Criolo. Conclui-se que, a partir da compreensão da arte como subversão criativa, entre as circularidades da estética e do político, é possível reconhecer contrapontos às versões dos discursos ofi ciais que invisibilizam as vozes e os protagonismos de grupos dissidentes.
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