A literatura no Boletim Cultural da Guiné-Portuguesa (1946 a 1973): uma leitura pós-colonial do conto “Tribulações de um balanta”
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v11i26.6027Palabras clave:
Imaginário. Tradições. Cultural.Resumen
O artigo propõe uma leitura de “Tribulações de um balanta” – um dos contos de ficção publicados no Boletim Cultural da Guiné-Portuguesa - com o fim de analisar criticamente tanto a aplicação do imaginário do colonizador, por se tratar de um aspecto característico no processo de colonização, quanto a expressão cultural guineense dada por esse viés eurocêntrico. Verifica-se, na análise dessa narrativa, marcas de silenciamento impostas sobre a comunidade da Guiné. Por outro lado, apesar do enquadramento colonial dado, notam-se no texto tradições, crenças e valores da comunidade local que colaboram para a formação da identidade étnico-cultural de Guiné-Bissau. No Boletim, a Guiné-Portuguesa aparece como uma “invenção”, ocupando-se da literatura como forma de colonizar/domesticar os locais através de boletins e da literatura, posicionando-se também como voz autorizada e legítima para denominá-los no mundo. Este artigo trabalha com críticos pós-colonialistas, como: BONNICI T., CANDIDO, Antônio. CÉSAIRE, Aimé. GLISSANT, Edouard. E NAYAR, Pramod K.Descargas
Citas
AUGEL, Moema P. O desafio do escombro: nação, identidades e pós-colonialismo na literatura da Guiné-Bissau. Rio de Janeiro: Garamond, 2007.
BONNICI T. Aspectos da teoria pós-colonial. In: ______. O pós-colonialismo e a literatura: estratégias de leitura. Maringá: Edvem, 2000. p. 01-48.
BRAIT, Beth. Baktin: conceitos-chave. São Paulo: Editora Contexto, 2005.
Boletim Cultural da Guiné Portuguesa, Guiné, n.º 1 a 110. Disponível em: <http://memoria-africa.ua.pt/Library/BCGP.aspx.> Acesso em: 10 jan. 2015
CAMMILLERI, Salvatore. A identidade cultural do povo Balanta. trad. Lino Bicari, Maria Fernanda Dâmaso; ed. lit. Fernando Mão de Ferro. - Lisboa: Edições Colibri, 2010.
CANDIDO, Antonio. Literatura e sociedade. 12 ed. Rio de janeiro: Ouro sobre Azul, 2011.
CARDOSO, Sebastião Marques. Poéticas da Mestiçagem: textos sobre culturas literárias e crítica cultural. 1 ed. Curitiba, PR: CRV, 2014.
CARVALHO, C. (2004) Soronda - Revista de Estudos Guineenses, 8:55-83. Disponível em: < https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/6218> Acesso em Jul. 2016.
CÉSAIRE, Aimé. Discurso sobre el colonialismo. Madri: Akal Ediciones, 2006.
DA COSTA LEITE, Joaquim Eduardo Bessa. A Literatura Guineense: Contribuição para a Identidade da Nação. 2014. 326 f. Tese doutorado em Letras. Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra. Coimbra. 2014.
DA SILVA, Francisco Henriques; SANTOS, Mario Beja. Da Guiné-Portuguesa à Guine-Bissau: um roteiro. Porto: Fronteira do Caos Editores, 2014.
Dicionário do Aurélio: dicionário de português. Disponível em: https://dicionariodoaurelio.com Acesso em 30 de Ago. 2016.
GLISSANT, Edouard. A errância, o exílio. In: Poética da relação (tradução Manuela Mendonça). Porto: Porto Editora, 2011. p.21-30.
LEISTER, Fátima Cristina. Um prefácio a povos da Guiné-Bissau: um boletim cultural da Guiné Portuguesa. Dissertação de Mestrado pela Universidade Católica de São Paulo, 2012.
_________________________. Caminhos de Pesquisa: A Guiné-Bissau e o Boletim Cultural da Guiné-Portuguesa (1946-1973). In: Projeto História, São Paulo, n.44 pp 321-330, Jul. 2012
NAYAR, Pramod K. Postcolonial Literature: an introduction. Pearson. Dorling Kindersley: India 2008. ePub ISBN 9788131785348.
ROSENFELD, Anatol. A Personagem de Ficção. São Paulo: Perspectiva, 2009.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.