Elaboração de materiais didáticos alternativos para o ensino de gêneros
uma experiência de formação de professores de português no curso de licenciatura em pedagogia
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v16i40.16389Palabras clave:
Língua Portuguesa, Gêneros textuais, Materiais Didáticos, Formação de professores, PedagogiaResumen
O artigo proposto tem como objetivo refletir sobre as possíveis implicações de uma experiência envolvendo a produção de sequências didáticas (SD) para a formação de professores de português no curso de licenciatura em Pedagogia. Tal experiência a ser relatada e discutida foi realizada com estudantes no âmbito de duas disciplinas do Curso de Pedagogia da Universidade Federal do Agreste de Pernambuco (UFAPE). As SD foram inspiradas no procedimento didático sistematizado por Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004) para o ensino de gêneros. Os(as) licenciandos(as) planejam as SD em pequenos grupos, as quais passam por um processo de revisão e reescrita sob orientação das docentes das disciplinas. Em seguida, o material produzido é socializado no “Seminário de Práticas Metodológicas de Língua Portuguesa”. Professores(as) convidados (as) têm espaço para comentar sobre as SD e sugerir alterações. Por fim, os alunos, levando em conta os comentários e sugestões feitas pelos(as) professores(as), podem ainda revisitar suas SD e realizar ajustes. Ao apresentarmos essa experiência, é nossa intenção colocar em evidência a necessidade de construirmos um itinerário formativo (DINIZ; LIMA; SOBRAL JR., 2021) em sala de aula que procure articular teoria e prática na formação inicial dos professores. Notamos que a produção desses materiais alternativos tem possibilitado aos estudantes refletir sobre alternativas didáticas para o ensino, com vistas ao fortalecimento do seu exercício profissional enquanto futuros pedagogos/as.
Descargas
Citas
BRONCKART, J. P. O agir nos discursos: das concepções teóricas às concepções dos trabalhadores. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2008.
DINIZ, L.; LIMA, G.; SOBRAL JR, M. A. C. Formação Inicial de Professores e Produção de material didático para o ensino de gêneros: uma experiência com o gênero “Regra de Jogo”. Signum: Estudos da Linguagem, v.4, n.2, p.59-70, 2021. Disponível em: https://www.uel.br/revistas/uel/index.php/signum/article/view/43352. Acesso em: 11 dez. 2021.
DOLZ, J.; NOVERRAZ, M.; SCHNEUWLY, B. Sequências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B. DOLZ, J. Gêneros Orais e Escritos na Escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p.95-128.
DOLZ, J.; SCHNEUWLY, B.; HALLER, S. O oral como texto: como construir um objeto de ensino. In: SCHNEUWLY, B. DOLZ, J. Gêneros Orais e Escritos na Escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p.149-185.
FERREIRO, E.; TEBEROSKY, A. Psicogênese da Língua Escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
HOFSTETTER, R.; SCHNEUWLY, B. Saberes para ensinar e saberes a ensinar: duas figuras contrastantes da Educação Nova: Claparède e Vygotsky. In: Revista de História da Educação Matemática - HISTEMAT. v.6, n.2, p.226-258, 2020. Disponível em: https://histemat.com.br/index.php/HISTEMAT/article/view/372/286 Acesso em: 29 mar. 2021.
LEAL, T. F. Currículo no Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: os direitos de aprendizagem em discussão. Educação em Foco, Juiz de Fora, 2015, p. 23-44.
MORAIS, A. G. de. Sistema de Escrita Alfabética. São Paulo. Editora Melhoramentos, 2012.
MENDONÇA, M. Análise Linguística no ensino médio: um novo olhar, um outro objeto. In: BUNZEN, C.; MENDONÇA, M. (Orgs.) Português no Ensino Médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006, p. 199-226.
MENDONÇA, M. Análise Linguística: refletindo sobre o que há de especial nos gêneros. In: SANTOS, C. F.; MENDONÇA, M.; CAVALCANTE, M. (Orgs.) Diversidade Textual: os gêneros na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2006, p. 73-88.
SCHNEUWLY, B.; DOLZ, J. Os gêneros escolares: das práticas de linguagem aos objetos de ensino. In: ____. Gêneros Orais e Escritos na Escola. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2004, p.71-91.
SOARES, M. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. In: 26ª Reunião Nacional da ANPEd, 2003, Caxambu. Anais da 26ª Reunião Nacional da ANPEd, Caxambu: 2003, p. 1 – 18.
SUASSUNA, L. Ensino de análise linguística: situando a discussão. In: SILVA, A.; PESSOA, A. C. LIMA, A. (Orgs.) Ensino de Gramática: reflexões sobre a língua portuguesa na escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2012, p. 11-28.
TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. 14. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2014
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.