Produção de conhecimento, aprendizagem e (meta) cognição em teoria das relações internacionais: um estudo de caso no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v11i27.5683Palavras-chave:
Linguagem/Linguística, (Meta)cognição, Teoria das Relações Internacionais, Países em desenvolvimento.Resumo
Este artigo investiga a aprendizagem e a produção de conhecimento teórico na graduação em Relações Internacionais (RI) no Brasil. Consideramos que as dificuldades do estudante para ler/escrever textos acadêmicos se relacionam a questões metacognitivas e escolhas teóricas no âmbito acadêmico. Essa hipótese fundamenta-se tanto no contexto educacional brasileiro, que prioriza conceituações, no lugar do raciocínio analítico, quanto na predominância de abordagens positivistas tradicionais, desconectadas da situação de países em desenvolvimento como o Brasil. A fundamentação teórica compreende princípios da pedagogia crítica e das ciências cognitivas, com foco em quatro ações metatextuais com a escrita: reportar, sumarizar, analisar e teorizar (NEVES, 2015). Para descrever a produção dos estudantes, propôs-se a 35 alunos da disciplina “Teoria das RI I” um roteiro de leitura diagnóstico sobre um capítulo de livro teórico. As respostas para quatro das questões mostram que a falta de pensamento autônomo na disciplina se reflete na compreensão dos alunos, expressa por meio da escrita perfunctória. Consequentemente, nega-se a possibilidade de se tornarem sujeitos ativos na compreensão e transformação da política internacional. Quanto à leitura/escrita, reflexões sobre os aspectos metacognitivos do aprendizado precisam ser incluídas não apenas no ensino da linguagem, mas também nas disciplinas teóricas, especialmente no trato com textos acadêmicos.
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