Criação ético-poética em últimas composiciones (1966), de Violeta Parra: opção decolonial

Autores

  • Patrícia Virgínia Cuevas Estivil Centro de Línguas Estrangeiras: União Latino-Americana de Idiomas
  • Lourdes Kaminski Alves Universidade Estadual do Oeste do Paraná https://orcid.org/0000-0001-5108-4927

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v15i38.14895

Palavras-chave:

Violeta Parra, Últimas Composiciones, canto mapuche, decolonização epistêmica.

Resumo

Neste artigo, procuramos refletir sobre a proposta estética da poeta, compositora e artista plástica chilena, Violeta Parra, cuja vida e obra foi marcada pelo desejo de tornar conhecida a arte popular de seu país, sobretudo, aquela de raiz mapuche, que pode ser encontrada no álbum musical Últimas Composiciones (1966). Tal opção de criação ético-poética contempla um trabalho de decolonização cultural epistêmica, cuja elaboração faz transparecer aspectos de uma linguagem artística híbrida, transcultural e fronteiriça. Encontram-se nas composições poético-musicais, exemplos da valoração da tradição indígena, recorrendo ao lamento mapuche, a rogativa e a invocativa como estratégias de oposição ao colonialismo, ao capitalismo e ao patriarcalismo o que referencia uma opção decolonial da autora.

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Biografia do Autor

Patrícia Virgínia Cuevas Estivil, Centro de Línguas Estrangeiras: União Latino-Americana de Idiomas

Doutora em Letras pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da  Universidade Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.  Bolsista do Programa de Doutorado Sanduiche no Exterior PDSE /CAPES, realizado no Programa de Doctorado em Letras na Faculdade de Letras da Pontificia Universidad Católica de Chile. Mestre em Letras pela mesma universidade.  Atualmente se dedica ao estudo do Discurso Fundador das Cidades Hispano-americana na produção literária , especificamente na Literatura Popular: A poesia de Violeta Parra. Literatura de tradição oral: As lendas hispano-americanas. Fraseologia da Língua Espanhola. Literatura Infantil em Língua Espanhola. Cultura Hispânica, tendo como pano de fundo os estudos pós-coloniais que analisa a Descolonização cultural e epistemológica na América Latina. É Presidenta da Comissão Examinadora dos exames de proficiência de Língua Espanhola que acreditam a qualidade do aprendizado dos alunos de espanhol da região oeste do Paraná por meio dos Diploma de Español como Lengua Extranjera (DELE), fornecidos pelo Ministério de Educação da Espanha e do Instituto Cervantes. É professora de Língua e Literatura Espanhola e Hispano-Americana nos Cursos de Aperfeiçoamento de Língua espanhola, ofertados pela Secretaria de Educação de Cascavel - PR, para os professores de espanhol da Rede Pública Municipal de Cascavel - PR.

Lourdes Kaminski Alves, Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Mestrado em Letras pela Universidade Estadual de Londrina (1996) e Doutorado em Literatura Comparada e Teoria Literária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp (2003). Pós-doutorado em Letras: Cultura e Contemporaneidade pelo Programa de Pós-grad em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio. Pós-doutorado em Letras pelo Programa de Pós-grad em Letras Neolatinas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Docente no Curso de Letras na Universidade Estadual do Oeste do Paraná desde 1989, onde se aposentou como Professor Associado em dezembro de 2018. Atualmente, permanece como pesquisador Sênior CNPq, atuando na pós-graduação da mesma instituição em atividades de ensino e pesquisa. Atua nos campos de estudos: Literatura Comparada e outras Artes, Ensaísmo crítico literário no Brasil e América Latina, pós 1970. Líder do Grupo de Pesquisa Confluências da Ficção, História e Memória na Literatura e nas Diversas Linguagens. Membro do Grupo de Investigación de la Literatura Comparada (GILC), del Instituto de Investigaciones Literarias Gonzalo Picón Febres, de la Facultad de Humanidades y Educación, de la Universidad de Los Andes, en Mérida-Venezuela. Coordenadora do Núcleo de Estudos Comparados e Pesquisa em Literatura, Cultura, História e Memória na América Latina articulado ao PPGL/UNIOESTE.

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Publicado

17.12.2021

Como Citar

Estivil, P. V. C., & Alves, L. K. (2021). Criação ético-poética em últimas composiciones (1966), de Violeta Parra: opção decolonial. Raído, 15(38). https://doi.org/10.30612/raido.v15i38.14895

Edição

Seção

Poetas latino-americanas: vozes líricas femininas, interculturalidade e resistência