A trajetória emancipatória do cabelo crespo: racismo, “boa aparência”, transição capilar e a afirmação da identidade negra
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v15i37.14640Palavras-chave:
Beleza. Cabelo crespo. Identidade negra. Consumo.Resumo
O presente artigo tem como finalidade apresentar como o discurso da beleza produziu estereótipos sobre o cabelo crespo. Além disso, buscamos mostrar a importância da aparência e do cabelo nas relações sociais e raciais, bem como, discutir como a indústria da beleza pode manipular as identidades negras. A metodologia escolhida foi à pesquisa bibliográfica do tipo qualitativa. Tivemos como aporte teórico, autores como: Braga (2015), Gomes (2019), Figueiredo (2002) e etc. Com o estudo concluímos que o uso do cabelo crespo ou cacheado pode ser um meio de afirmação identitária em oposição às diversas formas de manipulação da identidade negra.
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