Elza Soares, em face da outremização e a busca de um projeto musical de superação da condição de subalternidade
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v15i37.14488Palavras-chave:
Música popular. Elza Soares. Pós-colonialismo. Relações raciais. OutremizaçãoResumo
Trata-se aqui de demonstrar resultados preliminares de uma pesquisa que procura examinar a trajetória artística de Elza Soares a partir da teoria pós-colonial, considerando os seus 70 anos de carreira a partir do lócus específico de enunciação subalterna, evidenciando sua condição de mulher negra duplamente subalterna na sociedade brasileira erigida e consolidada sobre os valores da cultura patriarcal e colonial. A hipótese de pesquisa é de que, ao longo da sua trajetória artística, existe uma busca de superação da subalternidade, de modo que compreendemos que nos últimos dezoito anos (2002-2020) acentuou-se a interpretação de canções de cunho de resistência ao contexto de opressão e racismo da sociedade brasileira. Isso nos levou a propor que ocorreu “uma reversão do colonizado-objeto em sujeito dono da sua história e da sua capacidade de reescrever sua história” (BONNICI, 2012, p. 27).Downloads
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Discografia Elza Soares
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SE ACASO VOCÊ CHEGASSE. Rio de Janeiro: Gravadora Odeon, 1960. Disponível em: https://immub.org/album/se-acaso-voce-chegasse
Negão Negra. Single. Rio de Janeiro: Estúdio Tambor. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=E087HGB7EU8&ab_channel=ElzaSoares
A Carne. In: DO CÓCCIX ATÉ O PESCOÇO. Rio de Janeiro: Gravadora Maianga Discos, 2002. Disponível em: https://immub.org/album/do-coccix-ate-o-pescoco
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