A tradução interlingual e intermodal em um excerto de Maus, de Art Spiegelman
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v15i37.12844Palavras-chave:
Letras, Linguística, Estudos da TraduçãoResumo
Este artigo objetiva verificar como a representação é construída no tocante à linguagem verbal e à linguagem visual em um excerto da graphic novel, Maus, de Art Spiegelman e em duas de suas traduções para o português. Categorias da metafunção ideacional foram usadas para classificar os Participantes, os Processos e as Circunstâncias na relação (1) do visual com o verbal nos três trechos; na relação (2) do verbal das traduções em comparação ao verbal do texto-fonte; e na relação (3) do verbal das traduções entre si. Os resultados mostram que na relação (1) há a realização recorrente de Atores e Dizentes; na relação (2), são evidenciadas as dissimilitudes sistêmicas entre a língua inglesa e a língua portuguesa; e, por fim, na relação (3), as traduções apresentam com frequência Processos Materiais e Relacionais com pequena variação em seu número. Pode-se observar que, na relação (1), quando se manifesta a tradução intermodal, há de fato a indissociabilidade entre o visual e o verbal. Na relação (2), notam-se as idiossincrasias conforme as escolhas da tradutora, do tradutor e do autor com base nos sistemas linguísticos envolvidos. Na relação (3), verificam-se algumas diferenças de representação entre o português brasileiro e o europeu.
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