“Professora, você fala/ensina o inglês americano ou britânico?”: desestabilizando visões essencialistas sobre a “língua inglesa” através da elaboração e análise de atividades didáticas sob uma perspectiva glocal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.30612/raido.v14i36.11808

Palavras-chave:

Ideologias linguísticas. Falante nativo. Ensino de inglês. Material didático.

Resumo

Vivemos em tempos de muitas mudanças e hibridizações de vários tipos: culturais, sociais, linguístico-discursivas, etc., no qual o global e o local estão imbricados inextricavelmente. Nesse contexto, é preciso que repensemos alguns conceitos modernistas com os quais ainda operamos, como é o caso de epistemes e teorizações sobre língua(gem) e, consequentemente, sobre “falante nativo”. Para tanto, Kumaravadivelu (2012) sugere que se promova uma quebra epistêmica da dependência dos sistemas de conhecimento dos países do Círculo Interno de Kachru. Em outras palavras, é necessário desconstruir a ideia do falante nativo como o padrão a ser atingido pelos estudantes de línguas, repensando métodos, abordagens e materiais didáticos que se ligam a essa episteme. Pensando nessas questões, o presente estudo visa a refletir sobre a elaboração e análise de atividades didáticas elaboradas para educandos do 8º ano. Essas atividades foram pensadas e analisadas a partir, principalmente, dos macrocritérios para a análise de livros didáticos cunhados por Tilio (2016). Os procedimentos de elaboração e análise apontam para a possibilidade de se elaborar materiais de inglês que valorizem as performances linguísticas dos educandos e os conscientize do seu papel ativo e transformador dessa língua.

 

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Biografia do Autor

Mariana Nunes Monteiro, UFRJ

Doutoranda no Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Mestra pelo mesmo Programa (2019). Possui Bacharelado em Letras Português/Inglês (2012) e Licenciatura Plena em Letras (Português-Inglês) (2014) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, tendo concluído a graduação com dignidade acadêmica (Magna cum laude). Atuou como Professora de Língua Portuguesa para estrangeiros no programa CAPES/FULBRIGHT/Professor Assistente de Língua Portuguesa (Foreign Language Teaching Assistant - FLTA) na Alcorn State University, em Lorman - Mississipp; e como Professora de Língua Inglesa no Colégio de Aplicação da UFRJ (CAp - UFRJ) e no Colégio Santo Agostinho - Leblon. Interessa-se pelas áreas de análise e produção de materiais didáticos, ensino de línguas adicionais e formação de professores. Atualmente participa do Grupo de Pesquisa NELLID - Núcleo de Estudos em Letramentos e Livros Didáticos, coordenado pelo Professor Dr. Rogério Tilio (UFRJ) e atua como Professora de Língua Inglesa na Escola Sesc de Ensino Médio.

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Publicado

10.12.2020

Como Citar

Monteiro, M. N. (2020). “Professora, você fala/ensina o inglês americano ou britânico?”: desestabilizando visões essencialistas sobre a “língua inglesa” através da elaboração e análise de atividades didáticas sob uma perspectiva glocal. Raído, 14(36), 121–143. https://doi.org/10.30612/raido.v14i36.11808

Edição

Seção

30 anos da ALAB: desafios, rupturas e possibilidades de pesquisa em Linguística Aplicada