O translingualismo como política linguística: em defesa do espanhol como língua franca
DOI:
https://doi.org/10.30612/raido.v14i36.11633Palavras-chave:
Língua espanhola. Língua minoritária. Translingualismo. Língua franca. Ideologias linguísticas.Resumo
Neste trabalho, discutimos a condição do espanhol como língua minoritária nos EUA. Objetivamos apresentar o translingualismo (GARCÍA; OTHEGUY, 2015; GARCÍA, 2014; GARCÍA; SELTZER, 2016, CANAGARAJAH, 2017) como uma política linguística de emancipação da língua espanhola nos EUA, país que, segundo García e Seltzer (op.cit.), é determinante para sustentar o status do espanhol como uma língua franca global. Para tanto, definimos o que entendemos por língua franca, a partir dos estudos desenvolvidos para o inglês (COGO; DEWEY, 2012; SEIDLHOFER, 2011; JENKINS, 2015; UR, 2010), expomos o espanhol como língua franca (ELF), debruçando-nos na situação da língua espanhola no contexto citado. Por fim, propomos o translingualismo como uma prática que pode levar o espanhol ao lugar que lhe é devido nos EUA e no mundo.
Downloads
Referências
ADICHIE, C. N. The danger of a single story. TED Talk. (2009). Disponível em: https://www.ted.com/talks/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story?language=en. Acesso em: fev. 2018.
AGOSTO, S. E. El español, uno y diverso. (2006). Disponível em: http://www.unidadenladiversidad.com/opinion/opinion_ant/2006/nov_dec_06/opinion_ dic_06.htm. Acesso em: abr. 2018.
BLOMMAERT, J. Language Policy and National Identity. In: RICENTO, T. (Org.). An Introduction to Language Policy. Theory and Method. Oxford: Blackwell Publishing, 2006. pp. 238-254.
CANAGARAJAH, S. Translingual practice as spatial repertoires: expanding the paradigm beyond structuralist orientations. Applied Linguistics, v. 1, n. 39, pp. 31-54, 2017.
COGO, A. ELF and super-diversity: a case study of ELF multilingual practices from a business context. Journal of English as a Lingua Franca, pp. 287-313, 2012.
COGO, A; DEWEY, M. Analysing English as a Lingua Franca: a corpus-driven investigation. London, GB: Continuum, 2012.
DEL VALLE, J. (2007). La lengua, patria común: Política lingüística, política exterior y el post-nacionalisno hispánico. Disponível em: https://miradassobrelalengua.blogia.com/temas/pol-ticas-ling-sticas-y-culturales/. Acesso em: maio 2018.
EL ESPAÑOL: una lengua viva. Informe 2014. Disponível em: https://cvc.cervantes.es/lengua/espanol_lengua_viva/pdf/espanol_lengua_viva_2014.pdf. Acesso em: jun. 2017.
EL ESPAÑOL: una lengua viva. Informe 2016. Disponível em: https://cvc.cervantes.es/lengua/espanol_lengua_viva/pdf/espanol_lengua_viva_2016.pdf>. Acesso em: ago. 2017.
ENNIS, S. R.; RÍOS-VARGAS, M.; ALBERT, N. G. The Hispanic Population: 2010 Census Briefs. Disponível em: http://www.census.gov/prod/cen2010/briefs/c2010br-04.pdf.
Acesso em: 19 ago. 2018.
DE SWAAN, A. Words of the World: The Global Language System. Cambridge: Polity Press, 2001.
ESTERMANN, J. Interculturalidad: Vivir la diversidad. La Paz: Instituto Superior Ecuménico Andino de Teología, 2010.
FERREIRA, L. D. S. Reflexos paralelos: Desdobramentos identitários da representação hispânica nos Estados Unidos. 2016, 160f. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal da Bahia, BA, 2016.
FRIEDRICH, P.; MATSUDA, A. When five words are not enough: a conceptual and terminological discussion of English as a lingua franca. International Multilingual Research Journal, v.4, n.1, pp. 20-30, 2010.
GARCÍA, O. Lenguas e identidades en mundos hispanohablantes: desde una posición plurilingüe y monoritaria. In: LACORTE, M. (ed.). Lingüística aplicada del español. Madrid: Arco, 2007. pp. 377-400.
GARCÍA, O. U.S. Spanish and Education: Global and Local Intersections. Global Review of Research in Education, v. 38, n. 1, pp. 58-80, 2014.
GARCÍA, O.; OTHEGUY, R. Spanish and Hispanic bilingualism. In: LACORTE, M. (ed.). The Routledge Handbook of Hispanic Applied Linguistics. New York, NY: Routledge, 2015. pp. 639-658.
GARCÍA, O.; SELTZER, K. The Translanguaging current in language education. In: KINDENBERG, B. (ed.). Flerspråkighet som resurs [Multilingualism as a resource]. Liber, 2016. pp. 19-30.
GARCÍA, O.; WEI, L. Translanguaging, bilingualism and bilingual education. In: WRIGHT, W.; BOUN, S.; GARCÍA, O. (ed.). Handbook of Bilingual Education. Malden, MA: John Wiley, 2015. pp. 223-240.
GIMENEZ, T. et al. Inglês como língua franca: desenvolvimentos recentes. Revista Brasileira de Linguística Aplicada, v. 15, pp. 593-619, 2015.
HERNÁNDEZ SACRISTÁN, C. Spanglish: reflexiones sobre un espacio semiótico transicional y sus dimensiones, con particular atención al discurso publicitario. In: BETTI, S; SERRA ALEGRE, E. (Org.). Nuevas voces sobre el spanglish: una investigación polifónica. Nueva Iorque: ANLE, 2016. pp. 65-79.
HISPANOHABLANTES alcanzan 577 millones en el mundo. Disponível em: http://www.rtve.es/noticias/20180703/hispanohablantes-alcanzan-577-millones-todo mundo/1759702.shtml. Acesso em: jul. 2018.
JENKINS, J. English as a Lingua Franca in the International University - The politics of Academic English Language Policy. New York/London: Routledge, 2014.
JENKINS, J. Repositioning English and multilingualism in English as a Lingua Franca. Englishes in Practice, v. 2, n. 3, pp. 49-85, 2015.
LAGARES, X. C. Qual política linguística? desafios glotopolíticos contemporâneos. São Paulo: Parábola, 2018.
LIMA, T. C. G. de. O Spanglish e os Nuyoricans: identidades em (re) construção.2018, 245f. Tese de Doutorado. Universidade Federal Fluminense, RJ, 2018.
MAR-MOLINERO, C. The spread of global spanish: From Cervantes to reggaetón. In: COUPLAND, N. (ed.). The Handbook of Language and Globalization. Oxford, UK: Wiley-Blackwell, 2010. pp. 162-181.
MARQUES, A. N. Práticas Translíngues e colaborativas em um curso de inglês. 2018, 262f. Tese de Doutorado (não publicada) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR, 2018.
MAURANEN, A. Conceptualising ELF. In: JENKINS, J; BAKER, W.; DEWEY, M. (ed.). The Routledge Handbook of English as a Lingua Franca. Abingdon, UK: Routledge, 2018. pp. 7-24.
PENNYCOOK, A. The cultural politics of English as an international language. New York: Taylor & Francis, 1994.
PINTO, C. F. Los criterios sintácticos en la división dialectal del español. In: PINTO, C.F.; IRALA, V.B (Org.). Um dossiê de estudos linguísticos hispânicos. São Paulo: Casa do Novo Autor Editora, 2009. pp. 61-97.
PONTES, C. G. S. O espanhol como língua franca: rompendo barreiras, abrindo caminhos. 2019, 190f. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada). Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, 2019.
RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2004.
RICENTO, T. Historical and theoretical perspectives in language policy and planning. Journal of Sociolinguistics, pp. 196-213, 2000.
RUPÉREZ, J.; FERNÁNDEZ, F. D. El español en las relaciones internacionales. Ariel: Fundación Telefónica, 2012.
SEIDLHOFER, B. Understanding English as a Lingua Franca. Oxford, UK: Oxford University Press, 2011.
SOLER-CARBONELL, J. La valoración del español entre estudiantes hispanohablantes universitarios del sur de California: globalización e ideologías lingüísticas sobre el multilingüismo. In: TERBORG, R.; ALARCÓN A.; NERI, L. Lengua española, contacto lingüístico
y globalización. Universidad Nacional Autónoma de México, 2015. pp. 389-416.
TERBORG, R.; ALARCÓN A.; NERI, L. Lengua española, contacto lingüístico y globalización. Universidad Nacional Autónoma de México, 2015.
UR, P. English as a Lingua Franca: A Teacher’s Perspective. Caderno de Letras (UFRJ), n. 27, pp. 85-91, 2010.
VELÁZQUEZ, I. Maternal perceptions of agency in intergenerational transmission of Spanish: The case of Latinos in the US Midwest. Journal of Language, Identity & Education, 13(3), pp.135-152, 2014.
WRIGHT, S. Language in a Postnational Era: Hegemony or Transcendence? In: WRIGHT, S. Language Policy and Language Planning: from Nationalism to Globalization. New York: MACMILLAN, 2004. pp. 157-178.
Ya somos 577 millones de hispanohablantes. El PAÍS. Disponível em: https://elpais.com/cultura/2018/07/03/actualidad/1530619272_823616.html. Acesso em julho de 2018.
ZAIDAN, J. C. S. de M. Por um inglês menor: A desterritorialização da grande língua. 2013, 241f. Tese (Doutorado em Linguística). Universidade Estadual de Campinas, Campinas, SP, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.