La educación anticapacitista en Derechos Humanos: ¿un horizonte ético-político?
DOI:
https://doi.org/10.30612/videre.v16i35.17600Palabras clave:
capacitismo, educación especial, persona con discapacidad, derechos humanosResumen
Este es un ensayo teórico que pretende reflexionar sobre la educación anticapacitista en la educación en derechos humanos como un compromiso ético-político. Consiste en una investigación bibliográfica, de carácter teórico, apoyada en perspectivas críticas desde el Derecho, la Filosofía y la Sociología. Las reflexiones muestran que el derecho fundamental a la educación es el resultado de una lucha histórica y política. En el caso de las personas con discapacidad en Brasil, existe una disputa por la hegemonía en el campo de la Educación Especial, con instituciones asistenciales privadas que ejercen dirección y dominio. El capacitismo permea todos los espacios, excluyendo a las personas con discapacidad del derecho a la educación, a la ciudadanía y a la dignidad humana. Se concluye que la educación anticapacitista en la educación en derechos humanos es un horizonte ético-político a ser caminado por todos aquellos que pretenden la igualdad y la plena participación de las personas con discapacidad en los procesos sociales y escolares.
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