La MATERIALIDAD DE LA REVISIÓN DE CONVENCIONALIDAD PRACTICADA POR EL TRIBUNAL DE JUSTICIA DO RIO GRANDE DO SUL
DOI:
https://doi.org/10.30612/videre.v15i33.17175Palabras clave:
marxismo, derecho internacional, derechos humanos, revisión de convencionalidad, revisión jurisprudencialResumen
El artículo tiene como objetivo analizar las bases materiales de la revisión de convencionalidad en el ordenamiento jurídico brasileño. Para lograr su objetivo, utilizará la jurisprudencia del Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, específicamente la aplicación de la Convención Interamericana sobre Derechos Humanos a los casos penales. Como marco teórico se recurrirá al materialismo dialéctico histórico marxista, por considerarlo la herramienta metodológica más apta para comprender la realidad social capitalista. Los datos jurisprudenciales encontrados sugieren que la concepción de revisión de convencionalidad de la doctrina jurídica no encuentra base material en la realidad brasileña, caracterizándose, sobre todo, como una idealización sustentada en un ideal normativo de lo que debería ser. La revisión de convencionalidad es más una revisión de constitucionalidad con restos de convencionalidad, basada en un ideal de soberanía. La base material de la revisión de convencionalidad es la propia Constitución Federal y una concepción particular de la soberanía, sustentada en la Teoría del Margen de Apreciación Nacional.
Descargas
Citas
ALAPANIAN, Silvia. A crítica marxista do direito: um olhar sobre as posições de Evgeni Pachukanis. In: NAVES, Márcio Bilharinho (Org.). O discreto charme do direito burguês: ensaios sobre Pachukanis. Campinas: UNICAMP. 2009.
ALVARADO, Paola Andrea Costa et al. Diagnóstico sobre las relaciones entre el derecho internacional y el derecho interno. El caso colombiano. Estudios Constitucionales. Chile. a. 16. n. 2. 2018. p. 369-402. Disponível em: https://www.scielo.cl/pdf/estconst/v16n2/0718-5200-estconst-16-02-00369.pdf. Acesso em: 01 mar. 2022.
ALVES, Felipe Dalenogare; LEAL, Mônica Clarissa Hennig. O controle de convencionalidade e o Judiciário brasileiro: a sua aplicação pelo Tribunal Superior do Trabalho como forma de proteger a dignidade da mão-de-obra (vedação da terceirização de atividade-fim) no caso Carneiro Távora v. Telemar Norte Leste e Contax. Revista de Investigações Constitucionais. Curitiba. v. 4. n. 1. jan.-abr. 2017. p. 109-128. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rinc/a/xVJK8C3JkfdRZsmkn3x799n/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 23 fev. 2022.
BAPTISTA, Bárbara Gomes Lupetti; LIMA, Roberto Kant de. Como a Antropologia pode contribuir para a pesquisa jurídica? Um desafio metodológico. Anuário Antropológico. v. 39. n.1 2014. p. 9-37. Disponível em: https://journals.openedition.org/aa/618. Acesso em: 14 jan. 2022.
BERNARDI, Bruno Boti. O Sistema Interamericano de Direitos Humanos e o caso da guerrilha do Araguaia: impactos no Brasil. Revista Brasileira de Ciência Política. Brasília. n. 22, pp. 49-92, jan.-abr. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbcpol/n22/2178-4884-rbcpol-22-00049.pdf. Acesso em: 28 fev. 2022.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil S.A. 1989.
BRASIL. Decreto nº 4.463/02. Promulga a Declaração de Reconhecimento da Competência Obrigatória da Corte Interamericana de Direitos Humanos, sob reserva de reciprocidade, em consonância com o art. 62 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José), de 22 de novembro de 1969. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2002/d4463.htm. Acesso em: 02 mar. 2022.
BRASIL. Decreto nº 678/92. Promulga a Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), de 22 de novembro de 1969. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d0678.htm. Acesso em: 24 fev. 2022.
BRASIL. Senado Federal. Assembleia Nacional Constituinte (atas de comissões). Subcomissão da Nacionalidade, da Soberania e das Relações Internacionais. 1987. Disponível em: http://www.senado.leg.br/publicacoes/anais/constituinte/1a_Subcomissao_Da_Nacionalidade,_Da_Soberania_E_Das_Relacoes_Internacionais.pdf. Acesso em: 01 mar. 2022.
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas Corpus nº 379.269/MS. Relator: Ministro Reynaldo Soares da Fonseca. 3ª Seção. Julgado em: 24 mai. 2017. Publicado em: 30 jun. 2017. Disponível em: https://processo.stj.jus.br/processo/revista/documento/mediado/?componente=ITA&sequencial=1595452&num_registro=201603035423&data=20170630&formato=PDF. Acesso em: 01 mar. 2022.
COMISSÃO INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (CIDH). Relatório Anual da Relatoria para a Liberdade de Expressão. 2002. Disponível em: https://www.cidh.oas.org/annualrep/2002port/vol.3.htm. Acesso em: 01 mar. 2022.
COLLADO, Carlos Fernández; LUCIO, María del Pilar Baptista; SAMPIERI, Hernández. Metodologia de Pesquisa. 5ª ed. Porto Alegre: Penso. 2013.
CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPQ). Currículo de Marina Machado de Magalhães Gouvêa. Atualizado em 04 abr. 2021. Disponível em: http://lattes.cnpq.br/6495751035479793. Acesso em: 28 fev. 2022.
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS (CORTE IDH). Caso Palamara Iribarne vs. Chile. Juízes: Sergio García Ramírez, Presidente; Alirio Abreu Burelli, Vice Presidente; Oliver Jackman; Antônio A. Cançado Trindade; Manuel E. Ventura Robles. Sentença de 22 de novembro de 2005. Disponível em: https://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_135_esp.pdf. Acesso em: 01 mar. 2022.
ENGELS, Friederich. Anti-Dühring: a revolução da ciência segundo o senhor Eugen Dühring. São Paulo: Boitempo. 2016.
ENGELS, Friedrich; MARX, Karl. A ideologia alemã: crítica a mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner e do socialismo alemão em seus diferentes profetas (1845-1846). Boitempo: São Paulo. 2007.
FERREIRA, Felipe Grizotto; LAURENTIIS, Lucas Catib. Anti-convencionalidade: erros, incoerências e paradoxos de um instrumento de controle sem controle. Revista de Investigações Constitucionais. Curitiba. v. 8. n. 1. jan.-abr. 2021. p. 237-274. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rinc/a/dfYDwqmcJ7TbxDrYftm3cbs/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 24 fev. 2022.
GOUVÊA, Marina Machado de Magalhães. MATERIALISMO!! O que é isso???. Youtube, 14 mai. 2020. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DA4_uWBZ3MA. Acesso em: 28 fev. 2022.
GRILLO, Marcelo Gomes Franco. Direito Processual e Capitalismo. São Paulo: Outras Expressões. 2017.
HUNEEUS, Alexandra. The Inter-American Court of Human Rights: How Constitutional Lawyers Shape Court Authority. In: ALTER, Karen J.; HELFER, Laurence R,; MADSEN, Mikael Rask (Orgs.). International Court Authority. Oxford: University Press. 2018.
JÚNIOR, Luiz Magno Pinto Bastos; SANTOS, Rodrigo Mioto dos. Levando a sério os direitos políticos fundamentais: inelegibilidade e controle de convencionalidade. Revista Direito GV. São Paulo. v. 11. n. 1. jan.-jun. 2015. p. 223-256. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rdgv/a/SJ9cRTXK7bShhqGr9LJj9Dt/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 24 fev. 2022.
KREUZ, Letícia Regina Camargo; ROZNAI, Yaniv. Conventionality control and Amendment 95/2016: a Brazilian case of unconstitutional constitutional amendment. Revista de Investigações Constitucionais. Curitiba. v. 5. n. 2. mai.-ago. 2018. p. 35-56. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rinc/a/ZGndqyXLhD6qTp4qQq6vy6w/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 23 mar. 2022.
LIMA, Roberto Kant de. Antropologia jurídica. In: LIMA, Antonio Carlos de Souza. Antropologia & Direito: temas antropológicos para estudos jurídicos. Blumenau: Nova Letra. 2012.
MARQUES, Miguel ngelo. Controle interno de convencionalidade: uma análise crítica sobre os avanços, limites e desafios à aplicação do instituto no Brasil. Direito, Estado e Sociedade. Rio de Janeiro. Ahead of print. 2021. Disponível em: https://revistades.jur.puc-rio.br/index.php/revistades/article/view/1623/696. Acesso em: 24 fev. 2022.
MASCARO, Alysson Leandro. Filosofia do Direito. 5ª ed. rev. atual. e ampl. São Paulo: Atlas. 2016.
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. 11ª edição, revista, atualizada e ampliada. Rio de Janeiro: Forense. 2018.
NAVES, Márcio Bilharinho. Marxismo e direito: um estudo sobre Pachukanis. São Paulo: Boitempo. 2000.
NETTO, José Paulo. Introdução ao estudo do método de Marx. 1ª ed. São Paulo: Expressão popular. 2001.
PACHUKANIS, Eviguiéni Bronislavovich. Teoria geral do direito e marxismo. São Paulo: Boitempo. 2017.
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 14ª Edição, revista e atualizada. São Paulo: Saraiva. 2013.
RIBEIRO, Marina Sanchez; VEÇOSO, Fabia Fernandes Carvalho. A relação entre o direito internacional e o direito interno: o caso do Brasil. In: ALVARADO, Paola Andrea Acosta; LÓPEZ, Juana Inés Acosta; RAMÍREZ, Daniel Rivas (orgs.). De anacronismos y vaticinios. Diagnóstico sobre las relaciones entre el derecho internacional y el derecho interno en Latinoamérica. Bogotá: Universidad de la Sabana; Universidad Externado de Colombia; Sociedad Latinoamericana de Derecho Internacional. 2017.
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação Criminal nº 70080468481. Relator: Desembargador Julio Cesar Finger. 4ª Câmara Criminal. Disponível em: https://www.tjrs.jus.br/site_php/consulta/consulta_processo.php?nome_comarca=Tribunal%20de%20Justi%C3%A7a%20do%20RS&versao=&versao_fonetica=1&tipo=1&id_comarca=700&num_processo_mask=&num_processo=70080468481&codEmenta=7706337&temIntTeor=true. Acesso em: 02 mar. 2022.
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação Criminal nº 70082569435. Relatora: Desembargadora Fabianne Breton Baisch. 8ª Câmara Criminal. Julgado em: 26 ago. 2020.Publicado em: 29 set. 2020a. Disponível em: https://www.tjrs.jus.br/site_php/consulta/consulta_processo.php?nome_comarca=Tribunal%20de%20Justi%C3%A7a%20do%20RS&versao=&versao_fonetica=1&tipo=1&id_comarca=700&num_processo_mask=&num_processo=70082569435&codEmenta=7706337&temIntTeor=true. Acesso em: 01 mar. 2022.
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação Criminal nº 70083474809. Relator: Desembargador Dalvio Leite Dias Teixeira. 8ª Câmara Criminal. Julgado em 24 jun. 2020. Publicado em: 17 set. 2020c. Disponível em: https://www.tjrs.jus.br/site_php/consulta/consulta_processo.php?nome_comarca=Tribunal%20de%20Justi%C3%A7a%20do%20RS&versao=&versao_fonetica=1&tipo=1&id_comarca=700&num_processo_mask=&num_processo=70083474809&codEmenta=7706337&temIntTeor=true. Acesso em: 01 mar. 2022.
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação Criminal nº 70083527069. Relator: Desembargador Julio Cesar Finger. 4ª Câmara Criminal. Julgado em: 14 mai. 2020. Publicado em: 08 set. 2020b. Disponível em: https://www.tjrs.jus.br/site_php/consulta/consulta_processo.php?nome_comarca=Tribunal%20de%20Justi%C3%A7a%20do%20RS&versao=&versao_fonetica=1&tipo=1&id_comarca=700&num_processo_mask=&num_processo=70083527069&codEmenta=7706337&temIntTeor=true. Acesso em: 01 mar. 2022.
RIO GRANDE DO SUL. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Apelação Criminal nº 70084513381. Relator: Desembargador José Ricardo Coutinho Silva. 6ª Câmara Criminal. Julgado em: 12 nov. 2020. Publicado em: 11 dez. 2020. Disponível em: https://www.tjrs.jus.br/site_php/consulta/consulta_processo.php?nome_comarca=Tribunal%20de%20Justi%C3%A7a%20do%20RS&versao=&versao_fonetica=1&tipo=1&id_comarca=700&num_processo_mask=&num_processo=70084513381&codEmenta=7706337&temIntTeor=true. Acesso em: 01 mar. 2022.
ROTHENBURG, Walter Claudius. Constitucionalidade e convencionalidade da Lei de Anistia brasileira. Revista Direito GV. São Paulo. v. 9. n. 2. jul.-dez. 2013. p. 681-706. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rdgv/a/GpD4whv6xzFxRKppnJcHJCC/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 28 fev. 2022.
STUČKA, Pēteris Ivanovic. La función revolucionaria del derecho y del Estado. Barcelona: Ediciones península. 1974.
TEIXEIRA, Marcelo Markus; PEREIRA, Reginaldo; BIEGER, Andrey Luciano. Os critérios de recepção das decisões acerca dos delitos de desacato do Sistema Interamericano de Direitos Humanos no Superior Tribunal de Justiça à luz do controle de convencionalidade externo. Sequência. Florianópolis. n. 80. dez. 2018. p. 179-201. Disponível em: http://www.scielo.br/j/seq/a/jYsBXRpjqnfHvSHFM8j577h/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 01 mar. 2022.
TSÉ-TUNG, Mao. Cinco teses filosóficas. 2ª Edição. São Paulo: Edições Nova Cultura. 2018.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Reconocimiento-NoComercial-CompartirIgual 3.0.
Os autores devem aceitar as normas de publicação ao submeterem a revista, bem como, concordam com os seguintes termos:
(a) O Conselho Editorial se reserva ao direito de efetuar, nos originais, alterações da Língua portuguesa para se manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
(b) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 3.0 Brasil (CC BY-NC-SA 3.0 BR) que permite: Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato e Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material. A CC BY-NC-SA 3.0 BR considera os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
- NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
- CompartilhaIgual — Se você remixar, transformar, ou criar a partir do material, tem de distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.